SES negocia instalar 18 leitos de UTI no Hospital de Câncer para pacientes de coronavírus

Secretário de Estado de Saúde disse que discute com a Sesau alternativas para abertura de vagas para pessoas com a Covid-19 em Campo Grande.

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O Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande, pode ser uma das saídas encontradas pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) para evitar a superlotação hospitalar em decorrência do aumento de casos de coronavírus (Covid-19). A pasta trabalha com a possibilidade de instalar 18 leitos de UTI no local para atender à crescente no volume de infectados e necessidade de internações.

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, informou neste sábado (4), durante live para atualização dos números do coronavírus no Estado –que havia totalizado quase 10 mil casos e confirmou Campo Grande como a cidade com mais casos de Covid-19–, que discitiu com o titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), José Mauro Filho, alternativas para a abertura de vagas hospitalares na cidade, especialmente de UTI.

“Estamos visualizando que vamos precisar, com urgência, de novos leitos de UTI em outras estruturas hospitalares. Trabalhamos com o Hospital de Câncer de Campo Grande, onde temos a perspectiva de colocar 18 novos leitos de UTI”, revelou. A Santa Casa e outros hospitais particulares continuam a ser consultados.

Em live durante a tarde, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) confirmou que sua administração já contrata leitos privados para dar suporte à rede pública, já que há 88 pacientes internados por Covid-19 –a taxa de ocupação de leitos de UTI na cidade beirava os 73% pela manhã.

Em Campo Grande, o Hospital Regional Rosa Pedrossian atua como referência para pacientes de coronavírus, mas também recebe pessoas do interior com a doença. Para abrir vagas, doentes com outras enfermidades foram transferidos para outras unidades de Saúde e, em paralelo, foi negociada a abertura de vagas na rede particular em caso de necessidade.

A Capital conta com 3.029 casos positivos de Covid-19, dos quais 1.927 já se recuperaram. Contudo, a taxa de letalidade da doença vem aumentando –já são 26 óbitos no Estado em 4 dias de julho, média superior a 6 por dia, contra a inferior a 3 em junho (que teve 85 casos positivos ao longo de 30 dias).

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