De lockdown a liberação, MS adotará sistema de bandeiras para conter avanço da pandemia
SES vai criar sistema semelhante ao do RS para definir gravidade da Covid-19 por municípios ou regiões, fundamentando ações de prefeituras.
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Devem ser apresentadas a partir da próxima semana aos municípios de Mato Grosso do Sul uma série de indicativos prevendo desde o endurecimento de regras para enfrentamento do novo coronavírus (Covid-19) até a possibilidade de flexibilização de tais ações. O sistema, baseado em 5 “bandeiras”, vai apontar a gravidade da pandemia por localidade do Estado.
O trabalho é um dos realizados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) junto com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde, “braço” da OMS –a Organização Mundial de Saúde– no continente americano) visando conter o avanço do coronavírus em Mato Grosso do Sul.
Nesta terça-feira (23), o Estado divulgou os maiores avanços individuais de casos e óbitos desde meados de março, quando teve início a pandemia: 393 casos positivos e 8 mortes.
“Trabalhamos para finalizar [o trabalho] no fim de semana, com a participação dos pesquisadores da Opas, para o apresentar a partir da próxima semana”, explicou o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende. “Haveremos de fazer os indicativos para o município decidir se adota ou não, com o endurecimento das regras ou também a flexibilização em outras regiões ou municípios”.
O sistema de bandeiras, por cores, começará no verde, que prevê a flexibilização ou liberação de atividades ou regiões, reunindo outras gradações até atingir o preto, “quando é preciso ter o lockdown”. O sistema de classificação se assemelha ao numérico usado por São Paulo, contudo, conforme Geraldo, foi baseado no sistema utilizado no Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais.
Batizado de Modelo de Distanciamento Controlado no Rio Grande do Sul, o sistema adota quatro cores –amarelo (risco baixo), laranja (risco moderado), vermelho (risco alto) e preto (altíssimo)– para definir as ações de enfrentamento à Covid-19 por município. Além de protocolos obrigatórios fixos para todas as bandeiras, cada uma têm critérios específicos por setor econômico.
“O trabalho da Opas é de mapeamento de risco. Vamos liberar um mapa colorido para que os municípios se guiem”, explicou a infectologista Mariana Croda, da SES. Apesar da indicação, caberá às administrações municipais definirem se vão seguir ou não as deliberações –como já ocorre em outros Estados.
Isso balizaria, por exemplo, medidas a serem tomadas por prefeituras no sentido de, mais uma vez, proibir atividades comerciais em meio a escalada de casos da doença.
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