‘Ruptura na aprendizagem’: Especialista avalia prejuízos na educação diante da pandemia
Do ensino básico ao superior, a proliferação do Covid-19, o novo coronavírus, tirou todos os alunos da sala de aula em Mato Grosso do Sul. Como medida de contenção da doença, os alunos precisam estudar de casa e muitos reclamam que conteúdo on-line ‘não é o suficiente para aprender’. E de acordo com a Profª […]
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Do ensino básico ao superior, a proliferação do Covid-19, o novo coronavírus, tirou todos os alunos da sala de aula em Mato Grosso do Sul. Como medida de contenção da doença, os alunos precisam estudar de casa e muitos reclamam que conteúdo on-line ‘não é o suficiente para aprender’.
E de acordo com a Profª Drª Maria Dilnéia Espíndola Ferreira, especialista em educação e professora na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) a pandemia deixou uma ruptura na aprendizagem e deixou os estudantes sem o suporte necessário que só a sala de aula e o contato com o professor pode trazer.
“A pandemia causou um impacto no processo educativo. O primeiro é o corte entre as relações humanas e isso a questão da tecnologia não tem como suprir”, pontou Ferreira. Segundo ela, qualquer processo de aprendizado, seja desde o ensino básico até o superior, necessita de um ser humano para mediar e o conteúdo ser absorvido.
O segundo impacto se refere à desigualdade. “O segundo impacto é que, nem todas as pessoas que estão envolvidas no processo estão em situação de igualdade”, esclareceu.
A Drª destaca que antes da pandemia chegar à MS, chegou fazer uma pesquisa rápida entre os 20 alunos do ensino superior a quem lesiona. E, dentre o grupo, haviam desde de pessoas com internet ruim, alunos que iriam precisar de wi-fi para estudar, ou até mesmo aquelas que não tinham um computador.
No caso das crianças, a situação vai além, pois elas não são autossuficientes e muito além do acesso à tecnologia, os estudantes precisam de ajuda na hora de estudar. Conforme Dilnéia, quando se tira da sala de aula, automaticamente ela precisa de um tutor para poder ajudar nas matérias, mas quando isso se trata de alunos mais humildes, a questão fica mais complicada.
“As secretarias providenciaram a entrega dos materiais impressos para aqueles alunos que não têm acesso à internet em casa ou que não tem um computador para ler os conteúdos, mas os menores precisam de um familiar para fazer o papel do professor e não são todas as famílias que dispõe de um responsável para isso”, disse a especialista em educação.
Vale acrescentar que, segundo a Pesquisa TIC Domicílio, realizada em 2018, mais de 30% das casas não têm nem sequer acesso à internet, em geral as mais pobres.
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