As mortes causadas por SRAGs (Síndromes Respiratórias Agudas Graves) têm crescido e foram a causa de 60 mortes em Mato Grosso do Sul no período entre 21 e 27 de junho. Na mesma semana foram registradas 28 mortes por , ou seja, morreram 2,14 vezes mais pessoas por síndromes respiratórias do que por Covid-19, o que pode apontar uma subnotificação em MS.

As informações são de uma pesquisa realizada por pesquisadores da ( Federal de Mato Grosso do Sul), UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e UFOB (Universidade Federal do Oeste da Bahia). A rede de pesquisadores quer descobrir o que há por trás dos números das SRAGs e qual é a relação delas com a Covid-19. 

Pesquisadores apontam que as síndromes respiratórias estão com proporções acima da média dos anos anteriores. O relatório aponta que a semana entre os dias 12 e 18 de julho apresentou mais de 300 notificações de SRAGs. 

“Muitos casos de internações e óbitos registrados como SRAGs não específicas podem ser casos de Covid-19. E isso nos chama a atenção para a subnotificação da doença, a baixa proporção de população testada e pela baixa sensibilidade do teste, aplicado de forma pouco invasiva (swab nasal ou oral)”, diz o pesquisador Archanjo da Mota. 

Entretanto, o epidemiologista Cremildo João Baptista da UFMS explica que nem tudo que é SRAG é Covid19 e vice-versa: “É preciso realizar melhor a diferenciação e, sem testes, essa diferenciação pode ficar comprometida”.

Ainda segundo a pesquisa, Mato Grosso do Sul tem nove cidades que precisam de medidas urgentes: Juti, , Bataguassu, , Dourados, Corumbá, , Ladário e Chapadão do Sul. A análise mostrou que Campo Grande e Juti; Bataguassu e São Gabriel do Oeste possuem índices de morbimortalidade por Covid-19, respectivamente, 5 e 4, que indicam situação de saúde pública grave no contexto da pandemia. 

Por serem de três macrorregiões diferentes, o problema pode ser ainda maior por conta da distribuição dos serviços de saúde e dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).