Isolamento social e ansiedade aumentam consumo de álcool na quarentena, diz especialista

A saudade dos ‘rolês’ com os amigos e lazer nos finais de semana tem tomado conta dos moradores de Campo Grande durante os meses de isolamento social devido a pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, em Mato Grosso do Sul. E devido a quarentena e distanciamento das amizades, os moradores têm feito as vendas das […]

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A saudade dos ‘rolês’ com os amigos e lazer nos finais de semana tem tomado conta dos moradores de Campo Grande durante os meses de isolamento social devido a pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, em Mato Grosso do Sul. E devido a quarentena e distanciamento das amizades, os moradores têm feito as vendas das conveniências saltarem até 50% e especialista explica que fatores só potencializam o consumo do álcool.

Em reportagem anterior, o Jornal Midiamax conversou com comerciantes que revelaram estar vendendo bem mais durante os dias de pandemia e conforme a psiquiatra Danusa Guizzo Ayache, os quadros depressivos estão crescendo durante a pandemia e os moradores estão ingerindo mais bebida alcoólica devido ao isolamento.

“Já existem trabalhos que falam que a quarta onda da pandemia será o do aumento dos transtornos mentais na população. A restrição ao lazer, não poder fazer atividades prazerosas, como sair, conversar com os amigos, frequentar bares, isso pode, sim, levar ao aumento no consumo de álcool”, disse.

Até mais que 30% no aumento das vendas de bebida alcoólica, na conveniência de Willianson Viana, vendeu mais de 70% do estoque durante os primeiros dias da quarentena e, atualmente, a conveniência, localizada no Jardim Autonomista, está vendo 56% a mais do que no período pré-pandemia.

“Os clientes compravam de caixa fechada e não deixavam o funcionário tocar, por medo de contágio. Antes da pandemia, vendíamos até 57 fardos nos finais de semana, hoje vendemos em média, 90. Tem cliente que compra até 7 engradados para entregar na casa dele. Ou seja, as pessoas estão comprando em grande quantidade para guardar em casa”, disse.

Vale lembrar que, de acordo com pesquisa nacional, feita pela Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas), o consumo pelos moradores aumentou e nas distribuidoras, as vendas cresceram 38%.

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