Distanciamento social cai e MS tem 97 pacientes de coronavírus; casos dobraram em 10 dias
afrouxamento das medidas de distanciamento social em Mato Grosso do Sul está entre os fatores que, para a Saúde Estadual, levou o número de casos de novo coronavírus (Covid-19) a dobrar em um intervalo de dez dias. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira (11) em coleta virtual realizada pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), […]
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afrouxamento das medidas de distanciamento social em Mato Grosso do Sul está entre os fatores que, para a Saúde Estadual, levou o número de casos de novo coronavírus (Covid-19) a dobrar em um intervalo de dez dias. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira (11) em coleta virtual realizada pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), que apontou para a existência de 97 casos confirmados da doença no Estado.
Conforme os dados divulgados pela secretária-adjunta de Saúde, Christine Maymone, o Estado registrou 850 casos notificados de Covid-19, dos quais 709 foram descartados após exames e 12 excluídos por não se enquadrarem nos parâmetros do Ministério da Saúde –como a existência de sintomas como tosse seca, coriza, febre e outros.
Foram confirmados por exames 97 casos (11,4% do total), com 32 ainda sob investigação. O Estado manteve a quantidade de óbitos –2, de duas moradoras de Batayporã (a 312 km de Campo Grande) que não tiveram contato entre si.
“Os dados de hoje, infelizmente, já refletem o relaxamento das medidas de isolamento social”, afirmou a secretária-adjunta. “Ao analisarmos a curava de ascensão, podemos observar que o crescimento dela já é considerado exponencial. Do dia 14 a 31 de março, tivemos 48 casos da doença. Então, nesses primeiros dez dias de abril, já temos o dobro dos casos a partir do momento em que foram notificados e confirmados”, prosseguiu.
Christine e o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, reforçaram que o avanço da doença é diretamente ligado à redução da adesão da população ao distanciamento social –as medidas que incluem ficar em casa, saindo apenas se necessário. Dados também divulgados nesta sexta-feira apontam que Mato Grosso do Sul já é o pior Estado do Brasil nesse quesito: apenas 42,3% da população monitorada por meio de aplicativo de celular segue a recomendação (pouco mais de 4 a cada 10 sul-mato-grossenses).
“Estamos tendo um grande afrouxamento da população de Mato Grosso do Sul em relação ao isolamento social”, destacou Geraldo.
Avanço
Entre quinta-feira (9) e as 10h desta sexta-feira, Mato Grosso do Sul registrou 8 novos casos de coronavírus, 5 deles vindos de Sonora –três mulheres e dois homens, com idades entre 15 e 70 anos e cujas notificações datam de 7 de abril. Todos tiveram contato com outros casos positivos e estão em isolamento domiciliar.
O balanço confirmou mais um caso em Chapadão do Sul (uma mulher de 31 anos, com notificação no dia 8 e com contato com doente) e outro em Campo Grande (uma mulher de 38 anos, com histórico de viagem à Europa). Ambas também estão em isolamento domiciliar.
Dos 97 casos, 35 estão em isolamento domiciliar e 37 finalizaram a quarentena, sem apresentar novos sintomas. Há, ainda, 16 pacientes internados, 7 deles em hospitais públicos (3 ocupando leitos de UTI) e 9 em leitos privados (7 em UTI) e 7 com alta hospitalar, além de dois óbitos.
Dentre a localização dos pacientes, 49 estão em Campo Grande, 10 em Nova Andradina, 9 em Três Lagoas, 7 em Dourados, 6 em Batayporã, 6 em Sonora e 5 em Chapadão do Sul. Alcinópolis, Corumbá, Rio Verde e Sidrolândia registraram um caso cada uma, além de Ponta Porã –onde Geraldo fez a ressalva de um médico da cidade paraguaia de Pedro Juan Caballéro recebeu atendimento no Hospital Regional, sendo computado como caso do país vizinho.
Jovens
A predominância dos casos segue entre as mulheres (que são 56% dos pacientes, frente a 44% do sexo masculino). Christine Maymone ressaltou que segue em alta a tendência de pessoas contaminadas na população mais jovem: dos pacientes no Estado, 16,5% têm de 20 a 29 anos, 29,9% de 30 a 39 anos e 20,6% de 40 a 49 anos. Dos doentes acima dos 60 anos, onde o coronavírus causa mais mortes, houve leve aumento, e hoje eles representam 16,5% do total.
A secretária-adjunta reforçou o pedido para que a população jovem se mantenha em casa, “sem roda de narguilé, sem churrasco com pessoas estranhas da comunidade familiar vindo e, também, sem compartilhamento de objetos como bombas de tereré e chimarrão”. Ela ainda fez um apelo às famílias para que orientem os filhos, incluindo os adultos jovens, para se manterem em isolamento social.
“Temos ações das secretarias feitas e intensificadas a todo o instante, com profissionais de Saúde trabalhando 24 horas, mas nada disso tem tanto resultado quanto você, que pode colaborar. Então, em nome de todos os profissionais de Saúde, peço sua colaboração, principalmente hoje, amanhã [sábado, 11] e depois [Domingo de Páscoa, 12]: mantenham-se em casa”, finalizou Chrstine Maymone.
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