Com taxa de contágio do coronavírus em alta, isolamento social volta a cair em MS
Considerada “vexatória” pelo secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, em live na manhã desta quinta-feira (28) que confirmou 1.262 casos de coronavírus em Mato Grosso do Sul, a taxa de isolamento social local sofreu nova queda na quarta (27), chegando a 37,37%. O Estado saiu de terceiro para quarto lugar no comparativo nacional apenas […]
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Considerada “vexatória” pelo secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, em live na manhã desta quinta-feira (28) que confirmou 1.262 casos de coronavírus em Mato Grosso do Sul, a taxa de isolamento social local sofreu nova queda na quarta (27), chegando a 37,37%. O Estado saiu de terceiro para quarto lugar no comparativo nacional apenas porque outras unidades da federação foram ainda piores.
Campo Grande, por sua vez, manteve-se como a capital com o segundo pior isolamento social do país. O índice de 36,48% de recolhimento só não foi pior que o de Palmas (TO), que chegou a 36,26%. Os dados são medidos pela consultoria In Loco, a partir da movimentação do sinal de telefones celulares.
Nas últimas semanas, foram raros os dias em que Mato Grosso do Sul superou os 50% de distanciamento social –defendido por autoridades de Saúde como o meio mais eficaz de conter a circulação do coronavírus, evitando que pessoas infectadas passem a Covid-19 para outros. Para ser eficiente, porém, os especialistas defendem índices acima dos 60%.
Tocantins e Goiás seguem como os Estados com menor distanciamento do país (35,94% e 36,14%, respectivamente), com o Paraná “tomando” a terceira posição de Mato Grosso do Sul ao cravar 37,28% de adesão da sua população. A média nacional foi de 41,4% e o Estado com maior isolamento social foi o Amapá, com 51,82%.
Os dados de Mato Grosso do Sul preocupam porque, junto com o baixo isolamento, o Estado vive um crescente de infectados: recentemente rompeu a marca dos mil casos, viu o número de pacientes internados disparar de 10 para 65 em uma semana –com perspectiva de dobrar nos próximos dias– hoje, tem a terceira maior taxa de contágio do Brasil (3,81, atrás dos 5,63 de Goiás e de 4,88 do Rio Grande do Norte).
O número equivale a dizer quantas pessoas são infectadas por cada pessoa que tem o coronavírus, sendo conhecido cientificamente como número básico de reprodução (representado pela variável R). Nacionalmente, o índice é de 1,92.
Números do interior
A arrancada de casos de Covid-19 no Estado vem se sustentando, principalmente, nos municípios do interior. Além do Sudoeste do Estado –com Guia Lopes da Laguna registrando 226 casos–, a Grande Dourados se tornou um ponto de preocupação.
Dourados, que se mantinha entre as cidades com menos infectados, confirmou nesta quinta ter 220 casos de coronavírus, o terceiro maior volume do Estado –foram 22 casos a mais em 24 horas. Fátima do Sul (51 casos), Itaporã (45), Douradina (29) e Vicentina (17) também integram a região. Campo Grande lidera no Estado, com 265, mas com crescimento mais lento.
Dentre as cidades acima, Fátima do Sul e Vicentina são as únicas na lista das 10 cidades de melhores índices de isolamento social e, ainda assim, com percentuais abaixo de 50% –45,6% e 45,1%, respectivamente. Dourados cravou 40,5% e Guia Lopes, que havia presenciado aumento no distanciamento social com a explosão de casos das últimas semanas, agora tem o 27º pior índice do EStado: 36,9%.
Em Campo Grande, a taxa de isolamento foi de 36,5%. O município com maior adesão foi Taquarussu (56,7%), enquanto Sonora registrou isolamento social de apenas 28,6%.
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