Enquanto Mato Grosso do Sul registrou na terça-feira (26) o terceiro pior isolamento social do Brasil, com adesão de 37,7% da população à medida de enfrentamento ao novo coronavírus (), foi ainda pior, confirmando-se como a segunda capital com mais baixa adesão do país. Os dados são da consultoria In Loco, e conferidos por meio do monitoramento de telefones celulares.

Conforme os dados divulgados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), Mato Grosso do Sul só ficou à frente de Goiás (36,6%) e do Tocantins (37,2%) na adesão ao distanciamento social. Dentre as capitais, Campo Grande registrou adesão de 36,99%, melhor apenas que o de (GO), com 36,67%.

Na Capital, a baixa adesão foi disseminada em bairros de praticamente todos os extremos: Jardim Seminário (19%), Pênfigo (22%), Jardim Noroeste (24%), Nova Lima (26,1%) e Tiradentes (26,3%) atingiram os menores percentuais.

Em todos os casos, os índices estão abaixo da média nacional, de 41,6%. O isolamento social é considerado eficiente para conter a Covid-19 por impedir que portadores do vírus infectem outras pessoas, ao mesmo tempo que pessoas que até aqui não contraíram o vírus são mantidas seguras em suas casas. Contudo, para ser considerado eficiente, autoridades de saúde recomendam porcentagens acima de 60% da população praticando o distanciamento.

Extremos locais

Já os dados dos demais municípios do Estado mostram piora na adesão ao isolamento social, com nenhum município atingindo a marca de 60%. Os melhores percentuais vieram de Jateí, com 54,9%, e de Douradina (onde há a segunda maior incidência do Estado, com 489,5 casos a cada 100 mil pessoas), com 52,5%.

Líder em volume de casos no interior (204) e de incidência (2.061,6 por 100 mil pessoas), Guia Lopes da Laguna despencou no ranking de isolamento, mesmos diante das ameaças de lockdown severo vindas do Governo do Estado: a cidade é a 15ª no ranking, com adesão de 44,8% da população; à frente de (43,4%), onde a Covid-19 registra escalada.

O pior isolamento social foi registrado em Novo Horizonte do Sul: 26,7%; atrás de Rio Verde (30,2%), Chapadão do Sul 31,9%) e Batayporã (32,4%), esta última um dos primeiros epicentros do coronavírus no Estado e lar das duas primeiras vítimas fatais da doença no Estado.