Após perder R$ 50 milhões com pandemia, turismo de Bonito reabre para ‘sobreviver’

Atividade que corresponde a 50% do PIB de Bonito e é responsável pr empregar 5 mil pessoas, volta a funcionar nesta quarta-feira (1º)

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Prejuízo estimado em R$ 50 milhões. Esse é o balanço feito pelo secretário de Turismo de Bonito, Augusto Barbosa Mariano, após o setor ficar 100 dias sem funcionar.

A reabertura das atividades turísticas começa de forma reduzida a partir desta quarta-feira (1º), com exceção do Balneário Municipal e da Gruta do Lago Azul. “Ou abre a atividade que representa 50% do PIB [do município] ou vai quebrar”, destacou Augusto.

Apesar das restrições e da situação de pandemia que o país passa, o setor está com “expectativa grande e perspectiva modesta”, como o próprio secretário definiu. O turismo é responsável por 5 mil empregos diretos na cidade, que tem cerca de 21 mil habitantes.

“Semana passada, começou a ter pequena procura de turistas de outros estados”, informou Augusto, avaliando que as restrições ainda devem limitar as visitações. “A fronteira com Paraguai e Bolívia estão fechadas. Os aeroportos estão operando de forma muito devagar, com poucos voos, o que vai diminuir o fluxo de turistas em julho”, avaliou.

Em relação à preocupação com a pandemia de coronavírus (Covid-19), o secretário avaliou que o cenário no município é confortável. “O número de casos está estável em Bonito, 77 deram positivo, sendo que 54 já estão recuperados”, informou. O fechamento dos atrativos turísticos também não está descartado: “Nada impede que, se subir muito os casos, a gente recua”.

Novo perfil

Para Augusto, Bonito tem o perfil ideal de destino turístico em épocas de pós-pandemia. “Temos passeios ideais para serem feitos em família, em grupos pequenos. Essas famílias vão optar por viajar de carro, assim como era antes”, exemplificou.

Enquanto as fronteiras internacionais em MS permanecem fechadas, Bonito aposta na presença do turista metropolitano. “Principalmente de São Paulo e isso vai, gradativamente, começar a voltar”, disse o secretário.

Para voltar a atrair turistas, uma das alternativas encontradas foi o congelamento de preços de vários serviços entre hotéis e passeios.

Segurança

O plano de biossegurança varia conforme o prestador de serviço, mas Augusto garante que todos os envolvidos nas atividades turística já estão adequados para atender aos turistas.

Desde medidas básicas como uso de máscara, álcool gel e distanciamento até a produtos específicos para eliminar o vírus de equipamentos sem danificá-los. Uso de espaços compartilhados em hotéis também está suspenso, assim como piscinas. Passeios que envolvam entrar na água somente serão feitos em água corrente.

Além disso, a capacidade da maioria dos hotéis, passeios e transportes será reduzida em 50% e em 70% em alguns passeios. Os grupos de turistas também serão, preferencialmente, formados por familiares ou turistas que estejam na mesma excursão.

Para deixar o turista seguro, o secretário afirma que “em termos de saúde, seremos tão rigorosos como somos em relação à preservação da natureza”.

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