Com 2.374 notificações de casos de em 2018, este foi período com o menor número de ocorrências da doença nos últimos quatro anos. De acordo com dados divulgados pela CEEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais), em 2015 foram notificados 14.450 casos da doença, enquanto foram 28.469 notificações em 2016 e 3.190 casos em 2017.

O titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Marcelo Vilela, afirma que o período do início do ano é mercado pelas chuvas e os cuidados devem ser redobrados para combater o mosquito . “A instabilidade climática proporciona um aumento natural na proliferação do mosquito, que é potencializado pelo descarte ou armazenamento inadequado de materiais acumuladores de água e, consequentemente, traz riscos à população”, diz.

Os dados do LiRAa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes Aegypti) de novembro apontam que 27 áreas tiveram índices de infestação superiores a 3,6%. Uma área de risco é a dos bairros Monte Castelo, Seminário e Vila Nossa Senhora das Graças, que tem um IPP (Índice de Infestação Predial) de 9%. Em maio, o IPP da área era menor que 2%, o que representa um aumento de mais de 6%.

As áreas das UBSFs Jardim Azaleia e Alves Pereira apresentam índice de 8,1%, seguidas da UBS Mata do Jacinto e UBSF Vila Fernanda com 6,7%, UBSs Universitário e Caiçara com 6,6%. O levantamento revela ainda que 15,32% dos focos do mosquito foram encontrados em baldes, 14,74% em pneus, 11,56% em latas, 7,37% em tambor, 5,78% em caixas d'água e 5,35% em vasos de plantas.

Risco de dengue em 2019

Após a divulgação do LiRAa em novembro, o vereador Dr. Lívio (PSDB) levantou o debate na Câmara Municipal sobre o perigo de infestação do mosquito Aedes Aegypti. O vereador apresentou o documento que colhe dados sobre a incidência do mosquito em cada uma das 69 regiões atendidas por unidades básicas de saúde. Destas, 27 regiões correm risco de infestação do mosquito, 34 regiões ficam em alerta e apenas 8 estão com índices satisfatórios.

Assustado com os números, o vereador frisou que além da falta de conscientização da população, o município não tem estrutura para prover assistência em uma possível epidemia. “Pessoas vão morrer ano que vem”, ressaltou.

Outro fator lembrado pelo vereador foi de que a última epidemia de dengue aconteceu em 2013. Ele explica que o mosquito tem ciclos de infestação e que o próximo deve acontecer em 2019. “É praticamente certo que teremos epidemia grave de dengue, zika e chikungunya, mas especialmente a dengue”, disse.