Na Câmara, Conselho Tutelar diz que candidatos na Justiça atrapalharam eleição
Representante da Comissão Eleitoral do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), Alessandra Hartman alegou nesta terça-feira (15) na Câmara de Campo Grande que a inclusão de candidatos sub judice desorganizou o processo de apuração da eleição. Com utilização de urnas de lona e cédulas de papel e demora na divulgação do […]
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Representante da Comissão Eleitoral do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), Alessandra Hartman alegou nesta terça-feira (15) na Câmara de Campo Grande que a inclusão de candidatos sub judice desorganizou o processo de apuração da eleição. Com utilização de urnas de lona e cédulas de papel e demora na divulgação do resultado, o vereador Wellington Oliveira (PSDB) pediu na última semana a anulação do processo por requerimento à SAS (Secretaria de Assistência Social).
Convocada a pedido da Casa para esclarecimentos, Alessandra relatou que muitas pessoas reclamaram que não estavam com o nome na lista divulgada pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) nos locais de votação, mas que isso aconteceu porque o título poderia estar irregular, transferido após agosto ou porque a pessoa não estava no lugar correto de votação.
“Não teve erro, eram listas oficiais do TRE. Pode ter acontecido de as pessoas não terem se informado e procurado o local errado de votação. Não teve irregularidade no processo eleitoral”, afirmou.
O vereador Wellington afirmou ter recebido informações sobre as urnas terem ficado ‘em locais incertos’. “Também não concordo com servidores da SAS ajudando a agilizar a contagem de votos. Isso é inadequado. Corrobora com a falta de transparência do processo”, afirmou.
Sobre os candidatos sub judice, o vereador discorda que tenham sido o motivo da demora na apuração e confusão no dia da eleição. “Uma vez judicializada essa questão, para mim se esgota o assunto nesse ponto de vista. Não se pode falar que as irregularidades ocorreram pelas liminares. Havia alternativas, como adiar o pleito”.
O parlamentar disse na tribuna que as justificativas apresentadas pela representante ‘não convenceram’. “Estamos falando de candidatos preparados, que por ironia de dois, três votos não foram eleitos”.
A vereadora Cida Amaral (PROS) acredita que outra eleição é gasto de dinheiro público em tempos de recessão. “O voto é construção. Não dá para agradar a todos. Infelizmente tivemos que retroceder e usar urnas de lona, mas parabenizo o Conselho. Conseguiu garantir as eleições. Sou contra a anulação, envolve muitos custos”.
Otávio Trad (PTB) afirmou que pela primeira vez as eleições tiveram a importância que sempre deveriam ter tido. “Tivemos erros por conta do despreparo, mas fazem parte do jogo”.
Reunião no MP
Enquanto não há decisão sobre anulação do processo, o vereador Wellignton agendou uma reunião nesta terça, às 14h, no MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) com a promotoria que acompanhou as eleições para verificar se existiram irregularidades no pleito.
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