Bebê de sete meses morre vítima de leishmaniose em Corumbá
A Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, confirmou a morte de uma bebê de sete meses por LVA (Leishmaniose Visceral Americana), nesta segunda-feira (16). Primeira morte pela doença no município. De acordo com o Diário Corumbaense, a menina foi diagnosticada com a doença no dia 10 de dezembro e […]
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A Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, confirmou a morte de uma bebê de sete meses por LVA (Leishmaniose Visceral Americana), nesta segunda-feira (16). Primeira morte pela doença no município.
De acordo com o Diário Corumbaense, a menina foi diagnosticada com a doença no dia 10 de dezembro e estava internada na Santa Casa de Corumbá, e acabou não resistindo, vindo a óbito nesta manhã.
O Centro de Controle de Vetores do município está realizando o manejo ambiental no bairro onde a bebê morava. Além da instalação de armadilhas para o mosquito transmissor da doença, a população está sendo orientada sobre os cuidados.
Foram realizadas 11 coletas de amostras sanguíneas de animais do entorno e 7 deram positivas, desses três já foram encaminhados para eutanásia pelos tutores. Os outros casos estão aguardando o exame confirmatório.
Ainda conforme o Diário Corumbaense, em 2019 foram analisadas 1.635 amostras sanguíneas de animais, com 755 casos confirmados.
Vale lembrar que quando resultado é positivo, o tutor do animal deve realizar o tratamento de acordo com as orientações do Ministério da Saúde ou encaminhar para a eutanásia.
Para prevenir a doença, os quintais precisam estar limpos e livres de folhas, frutas espalhadas ao chão, restos de comida e lixo orgânico, pois diferente do Aedes aegypti, o mosquito Palha se reproduz em locais sombreados e úmidos.
Três Lagoas
Liderando o ranking da doença, Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, confirmou até o dia 19 de novembro, três óbitos por leishmaniose no municipio.
As vítimas foram uma criança de um ano de idade, que veio a óbito no dia 10 de março, uma mulher de 76 anos, que faleceu no dia 14 de setembro. E um homem de 71 anos, no dia 18 de novembro.
Leishmaniose Visceral
A Leishmaniose Visceral é uma doença ainda sem cura e transmitida pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos, popularmente chamados de “mosquito palha” ou “cangalhinha”. Eles são pequenos, de cor clara e pousam de asas abertas.
O mosquito se contamina com o sangue de animais doentes, principalmente cães, e transmite o parasita à pessoas e animais sadios. Existem dois tipos de leishmaniose, a visceral e a tegumentar.
Entre os principais sintomas da leishmaniose visceral, considerada mais grave, estão alteração do estado geral, febre, palidez, fraqueza e aumento das vísceras – principalmente do baço, do fígado e da medula óssea. Nos cães também pode haver descamação de pele e crescimento progressivo das unhas.
Para combater os focos do mosquito, é fundamental manter terrenos limpos de resíduos orgânicos, como folhas, frutas e lixo comum – diferentemente do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikuyngunia, o mosquito-palha não precisa de água parada para se reproduzir.
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