Efeito verão: é possível alcançar o ‘corpo perfeito’ em poucos meses de academia?
Entre os meses de dezembro e fevereiro, as academias de musculação já aguardam um ‘up’ na clientela, com aquele grupo de alunos sedentários, adeptos do ‘efeito verão’. O sonho de ter o corpinho de capa de revista e a realidade, muitas vezes passam despercebidos, levando esses atletas que só treinam no final do ano, a […]
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Entre os meses de dezembro e fevereiro, as academias de musculação já aguardam um ‘up’ na clientela, com aquele grupo de alunos sedentários, adeptos do ‘efeito verão’.
O sonho de ter o corpinho de capa de revista e a realidade, muitas vezes passam despercebidos, levando esses atletas que só treinam no final do ano, a acreditarem na possibilidade de que, em três meses, alcançarão o almejado ‘corpão’. E vale tudo para chegar lá, horas e horas na academia, cargas extremamente pesadas, dietas mirabolantes, jejum, corridas ou qualquer atividade capaz de acelerar o processo.
A professora de musculação Sibelle Assis de Oliveira, diz que a rotatividade na academia Pró-Life, na Avenida Salgado Filho, em Campo Grande, é intensa. No período que antecede as festas de fim de ano e carnaval, o local fica cheio. “É a época que a academia mais consegue concentrar aluno, porque o pessoal quer viajar, mas não adianta procurar só no final do ano, pois, é impossível alcançar aquele corpo de revista em três meses” ressalta.
Ainda de acordo com a professora, existe uma série de riscos ao procurar uma academia e treinar de qualquer jeito. “O aluno que é sedentário precisa passar por uma avaliação física e médica, para ver se está tudo bem, aí sim ele pode iniciar uma atividade. Quando chegam querendo resultados rápidos, exageram na carga, ou na atividade, correndo sérios riscos de lesão. É preciso mudar alguns hábitos e procurar um lugar sério, que tenha didática, com profissionais formados para dar a orientação correta aos alunos, pois, não se trata somente de físico, e sim da saúde dele”, diz.
Com o passar do tempo, o perfil dos praticantes foi mudando e a maioria permanece após o fim do ano, como a empresária Ana Paula Dias, que para por alguns meses, mas considera o carnaval, um período sagrado. “Eu faço algumas pausas durante o ano, mas agora que está perto do carnaval não tem como faltar, sem contar os benefícios, como a melhora no humor, ânimo, disposição e claro, o corpo bonito e sarado. Nessa época eu falto até no trabalho, mas não deixo de vir na academia” afirma.
A funcionária pública Rosângela de Souza, treina há poucos meses, mas também garante que não é do tipo que frequenta a academia só no verão. “Eu pretendo continuar treinando o ano todo e acho que as pessoas que só aparecem em dezembro, deveriam mudar de pensamento, porque você não alcança o objetivo em pouco tempo, isso é a longo prazo”, disse. O estudante Erick Prado malha há seis meses e não acredita que seja possível alcançar o ‘corpo perfeito’ em três meses. “Não consegue, se conseguir é só com veneno [anabolizante] junto. O certo é treinar o ano todo”, diz.
Falando em anabolizantes, nas academias o assunto deixou de ser um tabu. Muitos apelam para o uso de esteroides, acreditando que conseguirão acelerar o processo, tanto para o ganho de massa muscular, quanto para a perda de gordura. Para Sibelle, é importante alertar os alunos sobre os riscos e as consequências do uso.
“Nós como profissionais, temos que entender como isso funciona no organismo das pessoas, precisamos mostrar que esse não é o caminho. A gente tem que, de certa forma, pegar algo muito impactante e mostrar para o aluno. Explicar que, com paciência e alimentação saudável, é possível ter um resultado legal. O aluno precisa entender que muitas vezes esse caminho não tem volta”, destaca.
Dietas da moda
O anabolizante não é o único recurso usado por alguns atletas que buscam resultado em pouco tempo. Muitos recorrem a dietas da moda, que restringem a ingestão de carboidratos, como por exemplo, a famosa ‘low carb’, outros já trocam as refeições por shakes, o que, de acordo com a nutricionista Jéssica Alves Ferreira, é uma alternativa inviável. “A respeito dos shakes, tem uma infinidade de estudos falando sobre câncer de fígado, esôfago, então a pessoa deixa de comer, deixa de ter nutrientes, ficando suscetível a doenças devido à baixa imunidade, não conseguindo resultados na academia porque não tem imunidade boa, então fica doente e não consegue treinar, aí vai malhar doente e fica ainda pior, enfim, ao invés da pessoa emagrecer, ela perde líquido e massa muscular, pois, não têm nutrientes no corpo”, afirma.
Ainda conforme a nutricionista, o movimento nos consultórios também é afetado pelo ‘efeito verão’. Da mesma forma, os pacientes [atletas] têm o carnaval como foco principal e em seguida, não retornam. “A partir de outubro o consultório começa a encher e o movimento segue até 15 de dezembro. Após o ano novo, o pessoal volta com novas metas, até o carnaval. O problema é que eles começam a academia, procuram o nutricionista e depois não querem mais. É importante, além de procurar um nutricionista, dar continuidade. As pessoas procuram, mas dão sequência ao plano e o resultado só virá com consistência, é importante obedecer as recomendações e comparecer aos retornos. A nutricionista destaca ainda que é possível obter resultados satisfatórios, em poucos meses de acompanhamento. “É possível concluir um acompanhamento no período de três meses”, ressalta.
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