Rottweilers que atacaram idoso podem ter tido ‘gatilho de segurança’
Um “gatilho de segurança” pode ter levado os dois cães, da raça rottweilers, atacarem o idoso de 70 anos, na tarde de quarta-feira (29), no bairro José Pereira em Campo Grande, explica o adestrador Anderson Pestille, de 31 anos. A vítima segue internada na Santa Casa, com duas costelas quebradas e diversos ferimentos de mordidas […]
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Um “gatilho de segurança” pode ter levado os dois cães, da raça rottweilers, atacarem o idoso de 70 anos, na tarde de quarta-feira (29), no bairro José Pereira em Campo Grande, explica o adestrador Anderson Pestille, de 31 anos. A vítima segue internada na Santa Casa, com duas costelas quebradas e diversos ferimentos de mordidas pelo corpo.
Segundo testemunhas informaram ao Jornal Midiamax, o idoso, que é pai do tutor dos animais, teria entrado no quintal quando foi atacado. Ainda segundo relatos, os cachorros estão com a família há pelo menos 40 dias.
Com experiência em adestramento de cães de trabalho e segurança, Anderson explica que a situação de recente adoção pode ter trazido uma certa instabilidade emocional aos animais, sendo imprevisível determinar quando e motivação de um “gatilho de segurança”.
“Quando falamos de animais filhotes, a socialização acontece desde muito cedo. O cachorro precisa ter equilíbrio emocional e socializar com todo tipo de pessoas, com bebês de colo, cadeirantes e idosos, além de sempre frequentar espaços públicos”, explica Anderson.
Neste caso, o adestrador usa como exemplo os humanos, já que os rottweilers poderiam não estar familiarizados com as novas pessoas de sua convivência. “Imagina você, sendo colocado em um local totalmente estranho, sem saber em quem confiar? Nós se defendemos em situações de insegurança e o animal também, mas o extinto dele é morder”, detalha o adestrador.
Para que o ataque não continuasse, vizinhos e funcionários da concessionária de águas, que presenciaram o fato, subiram no muro e tentaram distrair os cães até que a vítima conseguisse se abrigar na residência. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros.
O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) diz que, em casos como esses, o protocolo é recolher o animal para observação, para analisar se a agressão foi isolada, acidental ou por conta de um comportamento agressivo desenvolvido recentemente. Quando não apresenta agressividade, é devolvido ao tutor.
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