Sem opção de lazer para crianças, moradores se unem e criam parquinho em bairro

A ação comunitária busca retomar brincadeiras à moda antiga

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A ação comunitária busca retomar brincadeiras à moda antiga

Sem opções de lazer infantil, moradores do bairro Santa Luzia uniram forças para construir um parquinho para as crianças da região. O local costumava ser um terreno abandonado e servia como depósito de lixo e focos de mosquito. A situação começou a mudar há 4 anos, quando um grupo de 15 moradores decidiu limpar o local e transformar em um parquinho. Nesta semana, foram implantados brinquedos doados no local e haverá inauguração em breve.

O marceneiro Elsio Moreira é um dos organizadores da ação e tem filhos de 3 e 14 anos. Ele conta que é um sonho poder ver uma área para as crianças brincarem. “A gente está neste processo de arrumar aqui há 4 anos, conseguimos a doação de brinquedos, contamos com o apoio de moradores que soldam os brinquedos usados, pintam, lixam, doam materiais e agora só falta a iluminação para o sonho estar completo”, conta. A intenção é que o local seja não só um parquinho, mas uma forma de lazer para todo o bairro. Elsio conta que os pais trazem os filhos e ficam por ali conversando e tomando tereré, o grupo já planeja fazer uma atividade diferente no domingo. “Já fizemos algumas vezes o evento ‘História, pipoca e guaraná’, a gente chama as crianças e conta história, faz teatro”. Sem opção de lazer para crianças, moradores se unem e criam parquinho em bairro

O mecânico Reginaldo Miranda, de 42 anos, é nascido e criado no bairro Santa Luzia. Ele afirma que nunca houve uma forma de lazer no bairro e que o objetivo é resgatar as antigas brincadeiras e tirar as crianças do celular. “A gente quer trazer as brincadeiras antigas, corrida do saco, ovo na colher, pega-pega e gincanas”, afirma. Ele conta que aos fins de semana o parquinho enche e chega a receber até 100 crianças. Maria Aparecida Flores também mora no local há 40 anos e trabalhou todos os dias desta semana para deixar o parquinho ‘no jeito’ para enfim receber a neta de 10 anos.

A moradora Aline Luna conta que o espaço era público e foi adotado pela população. Segundo ela, o terreno é da Prefeitura e a iniciativa não deve ser considerada como invasão. “A nossa meta não é tomar esta área, a gente quer usar enquanto puder. Ontem denunciaram nosso parquinho, falaram que era invasão, mas até o funcionário da Prefeitura veio aqui conferir e nos parabenizou pela ação. Invadimos sim, mas é uma invasão de alegria para as crianças”, afirma.

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