O ministro da Educação, Rossieli Soares, lançou nesta terça-feira (13), em , o do Centro Nacional de Mídias da Educação (CNME). Também conhecido como Centro de Mídias, a estratégia foi criada pelo Ministério da Educação () para ajudar na implantação do ‘Novo Ensino Médio’, aprovado em 2017.

De acordo com a nova legislação, o ensino médio precisa atender a uma Base Nacional Comum Curricular, que têm caráter diversificado. Porém, algumas localidades teriam dificuldade em preencher esta lacuna. Desta forma, o MEC (Ministério da Educação) entende que o CNME, que recorre à tecnologia para transmitir videoaulas ao vivo a todo o Brasil, complementaria as exigências da grade curricular.

“Essa experiência já vem sendo trabalhada no Brasil e é resultado de um estudo de dez anos, iniciado em Manaus (AM). Não se trata de educação à distância (EAD), é presencial. A diferença é que é mediada por tecnologia, mas precisa ocorrer dentro das escolas”, destacou o ministro durante o lançamento.

Segundo ele, a proposta do projeto é dialogar com pessoas, professores e alunos de todo o Brasil, de diferentes culturas e opiniões. “É uma troca de conhecimento, na qual as aulas são transmitidas por videoconferência, em tempo real, e permitem interferências do estudante”, complementa o ministro.

Criado inicialmente para atender alunos de escolas em cidades pequenas e de difícil acesso, o projeto está em 150 escolasde ensino médio em todo o país, sendo 16 apenas em Mato Grosso do Sul. A partir de um investimento de R$ 28 milhões, a expectativa do MEC é que em 2019 o número de escolas atendidas chegue a 500.

Aplicativo

Com transmissão via satélite em equipamentos que são distribuídos às escolas que aderirem, o Centro de Mídias ganha um reforço a partir de agora: um app de smartphone a partir do qual, além das aulas, o estudante poderá contar com simulados e jogos educativos. De acordo com o MEC, o consumo de dados da internet no app será patrocinado e não terá custo aos estudantes.

Dentre os destaques, estão aulas de robótica, que contarão com distribuição de kits a partir dos quais os alunos poderão treinar nas escolas enquanto assistem às aulas por satélite. Para a titular da SED (Secretaria de Estado de Educação), Maria Cecília Mota, o CNME é uma grande oportunidade para estudantes de ensino médio de MS.

“Esses alunos poderão ter acesso a profissionais muito qualificados, principalmente aqueles que estudam em escolas isoladas, como em algumas regiões do Pantanal. Se o foco é fazer com que e adolescentes estudem, não tem porque recusar. Os alunos estudam 14 anos na educação básica e saem sabendo só 7% de matemática. Nós entregamos um aluno ruim às universidades. É uma oportunidade de reverter isso”, detalha.

Para o senador Pedro Chaves, o CNME também ajuda a transformar a metodologia de ensino e fazer as aulas serem mais atraentes. “Um jovem não suporta mais ficar 4 horas sentado ouvindo aulas monótonas. É necessário haver uma mudança radical na metodologia de ensino porque o modelo atual traz muita desmotivação. Esse sistema é uma forma de fazer o ensino ser mais atraente. A frase agora não é ensinar, mas aprender”, declara.

Saiba mais sobre o CNME clicando AQUI ou confira o vídeo abaixo.