Erros de digitação e gabarito preenchido: candidatos denunciam concurso para professores em MS
Por Flávio Veras Um grupo de candidatos do concurso para professores da SED (Secretaria de Estado da Educação) denuncia diversas irregularidades supostamente ocorridas durante o processo seletivo, que aconteceu neste último domingo (16), em Campo Grande. Segundo a denúncia, existe suspeita de fraude e problemas com a impressão das provas. Um dos denunciantes é professor […]
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Por Flávio Veras
Um grupo de candidatos do concurso para professores da SED (Secretaria de Estado da Educação) denuncia diversas irregularidades supostamente ocorridas durante o processo seletivo, que aconteceu neste último domingo (16), em Campo Grande. Segundo a denúncia, existe suspeita de fraude e problemas com a impressão das provas.
Um dos denunciantes é professor de geografia e alega que umas das questões que envolvia a matéria foi elaborada tendo como base o estado do Rio de Janeiro, no entanto o edital previa que a disciplina seria abordada de forma regional.
“É inadmissível que pagamos R$ 217 em uma prova que não cumpre ao menos o que foi publicado em edital. Além disso, os locais de provas foram em apenas duas universidades, o que não deu opção das pessoas se deslocarem com mais segurança e tempo”, manifestou a indignação.
O tempo da prova também foi algo questionado pelo concurseiro. “Foram elaboradas 80 questões para um tempo de 4 horas, sendo que somo obrigados a acertar ao menos 60% de cada título para passar à próxima fase, ou seja, não houve tempo hábil para fazer a avaliação de forma justa”, explicou.
Outros pontos de indignação levantados pelos candidatos foram: a prova não era preta e branca; com imagens distorcidas e mal formatadas; problemas de fontes maiores em alternativas, o que poderia induzir o candidato ao erro; questões de língua portuguesa, na qual citava parágrafo e não tinha este parágrafo para consulta; dificuldade em destacar o gabarito, pois, o papel não possuía nem o corte; impressões apagadas e candidatos que receberam possível gabarito já preenchido.
Uma professora de química, que participou da prova de exatas, afirma que no início da prova nenhum funcionário pediu sua identificação. “Eu cheguei no local e apenas perguntaram meu nome e me indicaram a sala e a cadeira que eu iria fazer a prova. Algo gravíssimo, pois qualquer pessoa poderia ter feito a prova em meu lugar”, reclamou.
Em relação a impressão, a professora falou que algumas questões exigiam consulta em tabela periódica, mas a fornecida pela empresa não era legível. “Isso atrapalhou muito, pois muitos colegas não conseguiam identificar os elementos. É muito triste passar por isso sabendo que pagou caro em certame que não entregou o prometido”, finalizou.
A reportagem do Jornal Midiamax procurou a SED, porém a autarquia explicou que a responsabilidade pela contratação e aplicação da prova é da Secretaria de Administração e Desburocratização (SAD). Com base nessa informação, a reportagem entrou em contato com a SAD, mas não obteve resposta até o momento da atualização da matéria.
*Matéria atualizada para acréscimo de informações.
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