Com dor nos rins, paciente aguarda exame de ultrassom pelo SUS há 4 meses

O drama enfrentado pela estudante Débora Evilyn Barbosa de 24 anos, para realizar um exame de ultrassom dos rins começou no dia 16 de abril deste ano. Na data, ela procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Aero Rancho, com fortes dores nos rins. Débora passou por avaliação do médico plantonista, que orientou […]

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O drama enfrentado pela estudante Débora Evilyn Barbosa de 24 anos, para realizar um exame de ultrassom dos rins começou no dia 16 de abril deste ano. Na data, ela procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Aero Rancho, com fortes dores nos rins. Débora passou por avaliação do médico plantonista, que orientou a estudante a marcar uma consulta com um clínico geral.

No dia 18 de abril, Débora retornou à unidade às 4 horas da madrugada, para marcar a consulta. A estudante conseguiu agendar a avaliação médica para o dia 24 de agosto. Na ocasião o médico solicitou três exames: de sangue, urina e ultrassom dos rins. Os dois primeiros ficaram prontos no dia 26 de abril. No exame de urina foi constatada a presença de uma uma bactéria. O diagnóstico deixou Débora assustada. O exame de ultrassom dos rins foi agendado somente para o dia 8 de agosto, que era a data mais próxima disponível.

 

Com dor nos rins, paciente aguarda exame de ultrassom pelo SUS há 4 meses
Foto: Anotação feita por Débora com a data do ultrassom

Desde abril, Débora toma dois antibióticos por dia. Quinze dias antes do exame, um funcionário da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Almeida entrou em contato com a estudante, para confirmar a realização do ultrassom. Débora compareceu na UPA às 19h30, conforme agendado e quando foi chamada, a atendente avisou que o local não realizava mais o exame de ultrassom dos rins, nem mesmo o médico que a atenderia, trabalhava mais na UPA.

A paciente ficou revoltada. “Achei que quando entrei na sala seria atendida, mas a funcionária do posto só anotou o número da minha chave e disse que iria remarcar meu exame. Ainda não há previsão de quando farei o ultrassom. Eu tive plano de saúde até os 21 anos, eu estava acostumada a agendar exames e ser atendida. Levei um susto quando conheci o Sistema Único de Saúde (SUS), acho uma falta de respeito ter que madrugar na fila de um posto, marcar um exame e pior, não ser atendida, ” reclamou a estudante.

Débora continua sentindo dor nos rins e nesta quinta-feira (23) procurou a Unidade Básica de Saúde do bairro Aero Rancho. “A UBS estava lotada. Percebi que não seria atendida rápido e resolvi ir à uma farmácia comprar remédio. Me sento lesada como cidadã e continuo sem entender como, em 15 dias me ligaram confirmando o exame e, em tão pouco tempo disseram que a UPA não realizava mais o ultrassom.”

A assessoria de imprensa da prefeitura municipal de Campo Grande informou que por conta do remanejamento do profissional lotado na unidade, todos os procedimentos precisaram ser reagendados. O serviço de regulação entrou em contato com os pacientes com exames marcados para comunicar a situação e verificar possibilidade de comparecimento em outra data.

Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, alguns pacientes foram reagendados para o mesmo dia em um dos 10 pontos disponíveis para realização do exame na rede pública municipal, no entanto não houve exito na tentativa de contatar alguns pacientes que eventualmente compareceram à unidade, como é o caso da paciente Débora. Consta no sistema que o exame dela já foi reagendado e ela será comunicada por telefone sobre a data e horário.”

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