Campo Grande teve 411 incidentes com escorpiões até outubro
A agente patrimonial Sandra Gonçalves foi picada por um escorpião na quarta-feira (7) na empresa onde trabalha em Campo Grande. O caso chamou a atenção, mas incidentes com picadas do aracnídeos são ainda mais comuns do que se pensa. Só neste ano, 411 incidentes com escorpião foram registrados e em alguns bairros da Capital não […]
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A agente patrimonial Sandra Gonçalves foi picada por um escorpião na quarta-feira (7) na empresa onde trabalha em Campo Grande. O caso chamou a atenção, mas incidentes com picadas do aracnídeos são ainda mais comuns do que se pensa. Só neste ano, 411 incidentes com escorpião foram registrados e em alguns bairros da Capital não é difícil encontrar uma história de susto com o bicho.
Para provar que a história é mais comum do que se imagina, o Jornal Midiamax escolheu conversar com a população de um bairro, aleatoriamente. O escolhido foi o Parati e, em apenas um quarteirão, pelo menos cinco moradores tinham uma história para contar sobre escorpião em casa.
O aposentado Carmelito Oliveira, de 72 anos, foi quem levou o maior susto. Ele conta que sua netinha quase um ano levou uma picada do inseto quando brincava em casa. “Ela estava na minha casa, ainda estava aprendendo a engatinhar, a sentar. Um dia ela estava brincando perto da porta, pegou o bicho, que a picou na mão. Era aquele escorpião amarelinho”, conta. Na época, o avô levou a pequena às pressas para o posto de saúde e explica que o caso até virou notícia, mas a criança passou bem.
Uma agente comunitária de saúde, que não quis se identificar, explica que casos com escorpiões são comuns em áreas do ‘fundo’ do bairro Parati. Segundo ela, casos são mais recorrentes em ruas onde não há asfalto e há vários terrenos abandonados, com acúmulo de lixo. Ela mesma explica que já encontrou o inseto em casa e no local de trabalho, no bairro Aero Rancho. “Nossa, já achei um monte, na pia, em ralos é fácil achar. Normalmente o que eu faço, e recomendo que pessoas façam, é prender o escorpião e chamar o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses)”, diz.
A educadora social Tatiana Dias, de 43 anos, também mora do bairro Parati e diz que os casos começaram a aparecer depois que conseguiu rede de esgoto em casa. A educadora sugere que o esgoto influencia o surgimento dos casos. “Eu acho duas vezes em casa, também era perto de ralo. Acredito que eles aparecem em busca de outros bichinhos, como baratas e insetos que são atraídos pelo esgoto”, palpita.
Dependendo de onde o escorpião for encontrado, o CCZ realiza ações de contenção, mas as principais orientações são: tampar ralos de banheiros, pias, taques, evitar andar pela casa à noite com a luz apagada e combater insetos, que são alimentos para o escorpião. O CCZ destaca a importância em organizar materiais no quintal, que podem abrigar não só escorpiões, mas também, aranhas, lacraias e outros.
Carmelito reclama do lixo acumulado em terrenos baldios perto de casa. Segundo ele, o lixo pode estimular o surgimento de animais perigosos, como o escorpião. “Aqui tem um matagal, tem muita sujeira, a gente reclama e o dono do lote não faz nada. Além de escorpião, também encontrei até um lagarto em casa”, relembra.
Se o morador encontrar algum escorpião deve entrar em contato com o CCZ para receber as orientações e, se for o caso, agendar visita. O número do serviço é 3313-5026 (horário comercial) ou no 3313-5000.
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