Obra apreendida é liberada da polícia e vai para as mãos da Sectei

Obra ainda não poderá ser devolvida à autora

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Obra ainda não poderá ser devolvida à autora

Depois de ser levada do Marco (Museu de Arte Contemporânea em Mato Grosso do Sul) após boletim de ocorrência por supostamente fazer apologia ao crime, a tela “Pedofilia”, da mostra “Cadafalso”, da artista Ropre, não está mais sob a custódia da Polícia Civil. 

Ela foi retirada da delegacia no final da tarde desta sexta (15), pelo secretário de Cultura e Cidadania do Estado, Athayde Nery, da Sectei (Secretaria de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação).

Segundo informações da assessoria da Sectei, o delegado Fábio Sampaio, responsável pela condução da ocorrência, entendeu que o secretário Athayde Nery deverá ser fiel depositário da obra. A condição impõe ao secretário o dever de guardar a obra e impedir a sua exposição, não podendo ser devolvida à autora, salvo decisão judicial.

Entenda 

O caso envolvendo a exposição da mineira em Campo Grande ocorre menos de uma semana de um imbróglio implicando a exposição “Queermuseu”, no Santander Cultural, em Porto Alegre (RS), ganhar repercussão, após ser suspensa pela entidade, em razão da pressão de grupos religiosos e de organizações políticas como o MBL (Movimento Brasil Livre). Segundo as denúncias, as obras traziam blasfêmia com ícones religiosos, além de serem supostas apologias à pedofilia e à zoofilia.

Obra apreendida é liberada da polícia e vai para as mãos da Sectei

Após registro de boletim de ocorrência, a obra foi apreendida. Em nota divulgada nesta tarde de sexta (15), o MPE (Ministério Público Estadual) se posicionou contra a apreensão do quadro. Protesto de artistas aconteceu também nesta sexta, e mais uma manifestação está marcada para o próximo domingo (17). 

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