Greve geral deve paralisar ônibus, hospitais e delegacias na sexta-feira
Paralisação une mais de 200 entidades
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Paralisação une mais de 200 entidades
Mais de 200 entidades, diversas categorias e setores que vão do transporte público e privado à saúde pública: todos aderem à greve geral que ocorre na sexta-feira (28) contra as reformas em vigência no Congresso, projetos do Executivo Federal. O ‘levante’ estimado pelas centrais como o maior dos últimos 30 anos é uma resposta às Reformas da Previdência, Trabalhista e contra a aprovação da terceirização total.
Conforme explicou o coordenador do Fórum Estadual Contra a Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista, Weberton Sudário, a população deve estar preparada pois o ritmo dos serviços – mesmo aqueles essenciais – deve diminuir ou até paralisar. A greve terá um ponto de encontro, às 8h, na Praça Ary Coelho, região central. Não há um itinerário confirmado, mas as categorias devem marchar pelo centro. O Comitê espera um número maior do que o último protesto no dia 15, que levou cerca de 15 mil pessoas para a rua.
“Não adianta sair de casa na sexta-feira e dizer que não avisamos que não teria ônibus, comércio aberto. Fique em casa que é menos dor de cabeça ou venha pra rua lutar”, pontuou.
O Fórum realizou coletiva de imprensa nesta terça-feira (25), onde estiveram presentes representantes de algumas das categorias que aderem à greve. Presidente do Sinpol-MS (Sindicato dos policiais civil de Mato Grosso do Sul), Giancarlo Miranda enfatizou que na sexta-feira as delegacias funcionam em regime de emergência. Só flagrantes e casos graves envolvendo crianças e idosos serão registrados. Dos cerca de 3 mil policiais civis que atuam em Mato Grosso do Sul, somente cerca de 500 irão trabalhar.
O Fórum também informou que os profissionais da sáude devem paralisar. Durante o ato, pela manhã, eles estarão em frente aos hospitais protestando. O atendimento nos locais só ocorre em regime de urgência.
Nenhum ônibus irá operar no sistema de transporte público municipal. É o que informou o presidente do Sttcu (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Demétrio Ferreira de Freitas. Nenhum ônibus deve sair da garagem na sexta-feira. Ainda não há definição se a paralisação do serviço ocorre durante o dia todo.
“Na outra paralisação fomos notificados, isso nos atinge, mas não podemos ficar de fora”, declarou ele. A paralisação atinge o transporte privado, ligado ao setor de logística. É que pontuou o presidente da Feintramag (Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral), José Lucas da Silva.
Servidores federais também aderem à greve. Professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) irão realizar manifestação em frente à sede do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), e depois encontram-se com as demais categorias.
“Não podemos ficar de fora porque essa política vai fazer com que o Brasil se torne um país de miseráveis”, afirmou a presidenta da Adufms (Sindicato dos Professores das Universidades Federais no Mato Grosso do Sul), Mariuza Aparecida Camillo Guimarães.
Até o comércio no centro paralisa. Diversos estabelecimentos deverão fechar, conforme o presidente do Fetracom/MS (Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul), Estevão Rocha.
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