Com casa destruída em incêndio, pintora pede ajuda pra recomeçar
Tieli morava na casa com as duas filhas, de 9 e 12 anos
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Tieli morava na casa com as duas filhas, de 9 e 12 anos
Do chão ao que sobrou do teto, tudo está coberto pela fuligem ou destruído pelo fogo. O incêndio que atingiu a casa da pintora Tieli Martins Teixeira, de 29 anos, no último dia 2, devastou não apenas bens materiais, mas a deixou sem saber por onde recomeçar.
No bairro Vespasiano Martins, a meia-água foi construída no fundo de um terreno que ela comprou junto com a irmã há quatro anos. Dois quartos, um banheiro, sala e cozinha formam o conjunto de cômodos. “Tinha acabado de trocar o piso, estava construído devagar, ajeitando aos pouquinhos”, lamenta Tieli. Do que não foi totalmente destruído, em cada canto da casa há detalhes de muito capricho, mesmo que simples.
No dia do incêndio, que ocorreu por volta das 23h30, Tieli estava na casa da irmã com as filhas e foi avisada por vizinhos que a residência estava em chamas. “Senti um desespero enorme quando vi o fogo, uma sensação horrível, mas agradeci por minhas filhas não estarem lá dentro”, desabafa.
E foi também dos vizinhos que a pintora recebeu boa parte da ajuda. “Eles criaram até um grupo para recolher doações, para recuperar as coisas que perdemos. Ganhamos coisas até de gente do outro lado da cidade, gente que nem sei quem é”, conta Tieli.
Há uma semana vivendo de maneira improvisada em um salão que foi construído pela irmã na parte da frente do terreno, Tieli e as filhas ganharam alimentos, fogão, TV, camas e roupas. Elas ainda não têm geladeira e armários. Mas o que ela reforça que ainda precisa muito é de material básico para reformar a casa, como tinta, cimento, telha e viga. E, assim, conseguir voltar a morar lá.
Sozinha para criar as duas filhas, uma de 9 e a outra de 12 anos, Tieli conta que atravessa cada mês com uma renda de aproximadamente R$ 500. Por causa do reumatismo no sangue, diagnosticado há um ano, muitas vezes ela precisa dispensar trabalho.
“Não é frescura, mas realmente tenho limitações físicas. Tive depressão quando me vi sem poder trabalhar, sempre me virei e dei conta das minhas filhas, mas no último ano as coisas começaram a ficar difíceis”, diz Tieli. Ela toma cinco remédios diariamente,
A suspeita é de que o incêndio tenha sido criminoso e os indícios apontam que a ex-companheira de Tieli é que tenha colocado fogo na casa. “Terminamos há mais ou menos três meses e acho que foi por ciúmes”, conta a pintora.
Mas em meio à dor de perder os bens materiais, Tieli se alegra com a solidaridade que bateu à porta dela nesta última semana. “Tem gente boa no mundo, graças a Deus recebi muita ajuda e sou muito grata a todos, sozinha, com certeza, não daria conta de recomeçar”, desabafa.
Ela acredita que com essa ajuda, em três meses consiga voltar para casa, com tudo limpo e arrumado. Pata quem se interessar em colaborar com a família da pintora, pode entrar em contato pelo telefone 99302-0764, falar com Cleonice.
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