Usuários emporcalham e fica impossível usar banheiro de ‘cartão postal’

Parque das Nações sofre com falta de educação

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Parque das Nações sofre com falta de educação

Entre os maiores parques urbanos do mundo o Parque das Nações Indígenas é um dos principais cartões postais de Campo Grande. Com 119 hectares e 70% do espaço de área verde, além de uma linda paisagem o local oferece infra-estrutura para a prática de lazer, diversão e esporte, porém, apesar de ser uma das principais opções de lazer para quem mora na Capital, o espaço tem sofrido as consequências da falta de cuidado da própria população. Dois dos seis banheiros foram fechados e os que permanecem disponíveis estão cada vez mais difíceis de serem usados.

Do lado de fora já é possível ver  a situação que contrasta com a beleza natural do parque. Vidraças quebradas, portas enferrujadas, sanitários encardidos devido ao tempo, canos que denunciam o espaço onde um dia funcionou os lavatórios. Essas são as primeiras impressões de quem entra em um dos banheiros do local.

Além das danificações provocadas pelo desgaste e descuido de quem utiliza o local, a falta de higiene também não passa despercebida, afinal, nem a descarga é acionada. Nesse caso especificamente, o problema não está na estrutura e sim na falta de higiene dos usuários. 

Orgulhosa de um dos principais cartões postais da cidade, Adriana Fernandes, diz que passou ‘vergonha’ ao levar um visitante ao local. “Por fora é lindo, mas quem precisa utilizar o banheiro percebe que está horrível. Sai do banheiro passando mal. A população tem de cuidar do que é nosso e ter mais higiene. Acho que algumas pessoas não têm noção do que isso representa para família campo-grandense. É lamentável”, ressalta.

Gestor do Parque das Nações Indígenas,  Odilon Luiz Rigo, diz que o local recebe   aproximadamente 1.500 visitantes de segunda a sexta-feira. Já aos sábados, domingos e feriados o número de pessoas sobe para seis mil.

Ele explica que atualmente uma equipe de 22 funcionários faz a limpeza e manutenção, no entanto, o expediente é encerrado às 13h30 e os principais problemas ocorrem depois das 16 horas.

“Não temos ninguém depois desse horário e o problema é maior aos domingos quando veem alguns vândalos. Até as 13h30 fica tudo limpo, mas umas três horas depois já está sujo e às vezes não tem nem papel higiênico porque carregam. 

Ciente dos problemas, o gestor diz que uma equipe será contratada para monitorar a área e que o expediente de limpeza deve ser ampliado até as 17 horas.

“Estamos pensando em um pessoal para monitorar e orientar a população e outra para fazer a limpeza até mais tarde, mas os banheiros do parque vão passar por reforma e  precisamos esperar acabar a obra para fazer essas mudanças”, justifica.

De acordo com Rigo, o projeto da reforma deve ser concluído em até 30 dias. “Os arquitetos estão fazendo os levantamentos porque tem a lei da acessibilidade e é preciso fazer as adequações. O sistema antigo não serve, tem de ser algo mais seguro”, frisa.

Conforme as informações do gestor do parque, a licitação será aberta após conclusão do projeto de reforma. A previsão é de que as obras terminem até dezembro deste ano. O custo ainda não foi estipulado.

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