Exigência deve ser cumprida para trabalhar em UTR
Cerca de 180 catadores que foram impedidos de trabalharem na UTR (Usina de Triagem de Resíduos), na manhã desta terça-feira (8), devem se associar à uma das três cooperativas que funcionam no local. A decisão foi tomada depois de quatro horas de reunião entre os trabalhadores, a diretora-presidente da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), Ritva Cecilia de Queiroz Garcia Vieira e representantes da CG Solurb.
A reunião, começou por volta das 8 horas, depois que os catadores, que já estavam trabalhando há cerca de uma hora, foram informados de que teriam de interromper as atividades.
“A Solurb colocou condições de trabalho dentro da UTR alegando que qualquer incidente que aconteça com os catadores é de responsabilidade da empresa, então, não permitiu que trabalhassem fora do padrão exigido”, defende.
Nesta manhã, os catadores criticaram a Solurb. “Eles não querem que a gente trabalhe. Não estou aqui para bagunçar. Tenho uma deficiência na perna e só estou aqui porque preciso trabalhar. Precisamos de ajuda. Estamos no sufoco. Não temos nem o pão garantido”, destacou Diana Santos, de 65 anos.
A diretora-presidente da Agereg afirma que ainda nesta tarde, os catadores devem se associar a uma das cooperativas e que nesta quarta-feira (9), haverá uma nova reunião para definir turnos de trabalho.
“Houve um consenso. Ficamos por mais de quatro horas conversando. Eles vão se organizar ainda hoje em uma das cooperativas e amanhã às 7h30 nos reuniremos novamente para discutirmos os turnos de trabalho”, frisa.
Segundo informações da diretora presidente da Agereg, atualmente, a UTR conta com 90 trabalhadores associados e outros 180, que trabalham no lixão, devem se associar à cooperativa para que possam trabalhar na UTR.
