Semed diz que maus-tratos em Ceinf estão sendo investigados e que não há ‘nada comprovado’

Comissão está analisando os casos

Depois de surgirem duas novas denúncias relatando supostos casos de maus-tratos em Ceninfs (Centros de Educação Infantil), coordenadora da Semed (Secretaria Municipal de Educação) disse que uma comissão da secretaria está analisando e verificando a veracidade dos fatos e espera a comprovação dos casos para se posicionar a respeito.

De acordo com a chefe do núcleo de educação infantil da Semed, Erika Vasconcelos, assim que uma denúncia chega à Semed, o caso é repassado para os setores administrativos e jurídicos da unidade que, fica responsável de apurar e dar o prosseguimento necessário.

Enquanto a Secretaria aguarda a conclusão das investigações para se posicionar, pais que diariamente precisam deixar os filhos nos centros de educação infantil da Prefeitura por não ter alternativa, seguem receosos em deixar as crianças nas unidades diante dos relatos dos supostos maus-tratos.

No último dia 5, um menino de quatro anos teve queimaduras de segundo grau no pé, após supostamente, a direção do Ceinf (Centro de Educação Infantil) Joana Mendes dos Santos, no Parque do Sol, colocar fogo para fazer a limpeza de uma área com mato. O fato foi denunciado pela mãe da criança na Semed e à Polícia Civil. 

Em maio deste ano, no dia 24, um menino de dois anos sofreu fratura no fêmur enquanto estava no Ceinf (Centro de Educação Infantil) Maria Cristina Ocáriz de Barros, localizado no Jardim Tijuca II, mesmo lugar onde uma servidora foi demitida depois de ser denunciada por maus-tratos no mesmo mês.

Na manhã dessa quinta-feira (28), servidora denunciou uma colega do Ceinf (Centro de Educação Infantil) Ivone Calarge Zahran, localizado no Los Angeles. A mulher, que não teve o nome e idade divulgados, é acusada de maltratar e obrigar uma criança a comer.

Questionada se a reincidência de casos de maus-tratos é um indício de que há falhas na gerência dos Ceifs, a coordenadora de educação infantil da Semed preferiu não se pronunciar. Indagada sobre como funciona o processo de contratação das educadoras que trabalham com as crianças, Erika disse que este é um processo de responsabilidade do setor de recursos humanos da Semed.