Funcionários e ex-servidores da Seleta e Omep prestam depoimento no Gaeco

Até agora, pelo menos cinco pessoas foram prestar depoimento

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Até agora, pelo menos cinco pessoas foram prestar depoimento

Em novo desdobramento da operação Urutau, funcionários e ex-servidores da  Sociedade Caritativa e Humanitária (Seleta) e Organização Mundial para Educação Pré-Escolar (Omep), foram intimados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a prestar depoimento nesta quinta-feira (15).

O presidente eleito da Seleta, Romário Garcia Pereira, foi o primeiro a chegar, mas não fez declarações. Também prestaram depoimento Aline e Camila,  ex-funcionárias da Omep que teriam sido cedidas pela Secretaria do Município de Assistência Social (SAS) para trabalharem em um  gabinete da Câmara Municipal de Campo Grande. Segundo o advogado Carlos Marques,  foram as duas mulheres que pediram a transferência para a câmara, onde desempenhavam a função de secretaria e assistente parlamentar. “É uma cedência comum, não entendo porque tanta confusão em torno disso”, disse.

O ex-responsável pelo setor financeiro da entidade, Eric Motti, foi entimado para fazer uma prestação de contas da época em que trabalhou na Seleta – ele deixou o cargo em junho deste ano. 

Os depoimentos de hoje também incluíram o do ex-Office Boy da Seleta, Marco Aurelio gomes, de 48 anos, que era responsável por realizar os depósitos  bancários da entidade. Ele contou que em depoimento questionaram a frequência com que os recursos eram depositados e a quantia. “Batia ponto todo dia, e os depósitos eram em envelope fechado, fantasma eu não era”, defendeu.  

A operação Urutau foi deflagrada terça-feira (13), e mira as contratações suspeitas feitas pela Seleta (Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária) e Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar). O Gaeco cumpriu três mandatos de prisão temporária, sete de condução coercitiva e 14 de busca e apreensão de documentos, inclusive  na Câmara da Capital.

Maria Aparecida Salmaze, diretora da Omep, teve seu mandado de prisão expedido na terça-feira. A responsável pela creche Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro, Kelly Ribeiro, e a contadora da Seleta, Ana Claúdia Pereira da Silva também foram presas, e levadas ao Estabelecimento Penal Feminino Irmã Zorzi, na Capital.

Investigação – O Ministério Público já havia apontado uma série de irregularidades nas contratações, e desde 2011, ainda na gestão de Nelsinho Trad (PTB), vinha propondo mudanças nas contratações por meio da celebração de TAC´s (Termos de Ajustamento de Conduta).

Dentre as irregularidades citadas no processo em andamento no MPE há discrepâncias de valores pagos a servidores terceirizados a serviço do município. Por exemplo, um marceneiro da Omep recebe R$ 893 por mês, enquanto um serralheiro da Seleta recebe R$ 2,4 mil.

A Prefeitura de Campo Grande tem até junho de 2017 para demitir 4,3 mil funcionários contratados por meio dos convênios das duas entidades.  

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados

campo grande sindrome
tereré