Funai atribui ocupação a instabilidade política e diz que não vai coibir protestos

Grupo terena ocupou sede da Funai na Capital 

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Grupo terena ocupou sede da Funai na Capital 

A Funai (Fundação Nacional do Índio) alegou instabilidade política para justificar a insatisfação do grupo de indígenas da etnia terena que ocupou na manha desta terça-feira (7) o prédio da Fundação, na Rua Maracaju, na região central de Campo Grande. O grupo critica a exoneração do ex-presidente do órgão, João Pedro Gonçalves e é contrário a indicação do presidente do PSC, Pastor Everaldo, que pediu para ocupar o cargo.

Em nota, a Funai relacionou a insatisfação dos Terenas ao “contexto de instabilidade política” e afirma que no momento encontra-se com uma presidência interina, sendo que a maior parte da equipe atuante no órgão foi empossada no governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), e por servidores da Casa que aguardam a nomeação da nova direção por parte do governo que se instalou. “Não há, ainda, a expectativa de que essa direção irá permanecer à frente da instituição”, diz a nota.

Lideranças dos indígenas prometem seguir para Brasília com o objetivo de conversar com representantes dos Ministérios da Saúde e das Cidades. Lideranças de outras etnias devem se juntar ao grupo que segue nesta noite para Brasília. Militantes de causas sociais ocupam a sede do Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) também deve ir para a Funai em apoio à manifestação indígena.

A Funai classificou o movimento indígena como legítimo, e afirmou que está dialogando com os ocupantes desde a manhã de hoje. O objetivo é garantir o funcionamento das unidades locais do órgão. “Espera-se que a ocupação não signifique paralisação das atividades da Funai”, relatam.

A Fundação diz ainda que não haverá iniciativas no sentido de coibir a manifestação dos indígenas, e que a Funai não irá tomar nenhuma medida judicial nesse sentido.

 

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