Falta de medicamento coloca em risco vida de menina com doença incurável

SES admite problema e culpa laboratório

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SES admite problema e culpa laboratório

Suzimara Ramos Barem, de 28 anos, mãe da pequena Hilary, de quatro anos, teme pela saúde da filha, que sofre de anemia falciforme e depende de doses diárias do Hydrea, utilizado no tratamento da doença. Há quatro meses, o remédio está em falta na Casa da Saúde em Campo Grande.

No último dia 30, uma matéria a respeito do caso foi publicada no Jornal Midiamax, no entanto, não houve reposta a respeito do problema. Na manhã desta quarta-feira (20), a assessoria de comunicação da SES (Secretaria de Estado de Saúde) admitiu a falta do medicamento.

Segundo as informações, o laboratório teria informado à SES de que o problema é na fabricação. A previsão é de que a situação seja normalizada até o fim de julho, quando uma nova remessa deve ser enviada à Mato Grosso do Sul.

A assessoria de comunicação da SES diz que o laboratório é responsável pela distribuição nacional do Hydrea e que não é necessário esperar. Para Suzimara, o pedido é impossível considerando o problema de Hilary. “Tem três dias que minha filha não dorme direito reclamando de dores. É muito complicado não sei o que fazer”, declara.

Falta de medicamento coloca em risco vida de menina com doença incurávelSuzimara, que também é mãe de outra menina, de oito anos, mora com as filhas e o marido em uma casa alugada. O casal, que no momento está desempregado, vive com a renda do auxílio doença, que equivale a um salário mínio, ou seja, R$ 880,00. O dinheiro é pouco considerando as despesas familiar.

“Estamos em uma situação muito difícil porque pagamos R$ 500,00 só de aluguel. Esse remédio custa mais de R$ 200,00. O manipulado é um pouco mais em conta, uns R$ 80,00, mas ainda assim é pesado para nós”, lamenta.

Conforme os relatos, sem dinheiro para comprar ou manipular o medicamento, de doses diárias, a pequena Hilary está há quase duas semanas sem tomar a medicação. “Tenho medo que as crises de dores aumentem. Na última crise forte ela foi hospitalizada e tinha de tomar morfina a cada quatro horas”, relata.

Interessados em ajudar a família podem encontrar em contato com a mãe da criança pelo telefone (67) 99149-4913. O nome do laboratório responsável pela fabricação e distribuição do Hydre não foi informado. 

Anemia Falciforme –

Anemia falciforme é uma doença hereditária caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, por isso a oriegem do nome falciforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia. Os primeiros sinais da doença geralmente aparecem na segunda metade do primeiro ano de vida da criança.

Os sintomas mais comuns são crises de dores nos ossos e nas articulações, provocadas pela obstrução de pequenos vasos sanguíneos pelos glóbulos vermelhos; Icterícia; Síndrome mão-pé, ou seja, inchaço, dor e vermelhidão no local; infecções; ferida nas pernas; sequestro do sangue no baço, o baço pode aumentar rapidamente por sequestrar todo o sangue e isso pode levar rapidamente à morte por falta de sangue para os outros órgãos.

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