Com estradas precárias, prefeituras não sabem como mandar alunos às escolas
Municípios aguardam recurso federal para reconstrução
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Municípios aguardam recurso federal para reconstrução
Se o ano letivo começasse nesta terça-feira (5), dificilmente as cidades atingidas pelas fortes chuvas, que tiveram a situação de emergência reconhecida pelo Governo Federal, teriam condições de mandar os alunos da zona rural às escolas. Os prefeitos destes municípios aguardam a liberação de recursos federais para realizar as obras de recuperação de pontes e estradas.
No ano passado, por conta da situação financeira dos municípios, as prefeituras recorreram à Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul-Geral) para adiar o início das aulas, que começou só depois do Carnaval. Desse jeito, os municípios economizaram com o transporte escolar.
Neste ano, de acordo com a secretária estadual de educação Maria Cecília Amendola, até o momento, a Assomasul não se manifestou sobre o assunto, e por isso, o calendário letivo continua confirmado para ter início no dia 15 de fevereiro. “Pode ser que ainda tenha alguma posição da Assomasul nesse sentido”, disse durante a entrega de kits escolares nesta terça, em Campo Grande.
O prefeito de Amambai, a 342 quilômetros de Campo Grande, diz que há estradas em situação críticas. “Temos ainda um tempo para tentar sanar. Em alguns lugares vai ter de fazer outros caminhos, criar rotas alternativas. Se fosse para começar hoje, teríamos muita dificuldade”.
Conforme o prefeito, a prioridade é desobstruir as estradas e “dar passagem onde há atoleiro”. “O estado de emergência foi reconhecido, mas até agora, não recebemos o apoio do Governo Federal”. Ao todo, são doze pontes e 300 quilômetros de estradas danificadas.
O prefeito de Sete Quedas, a 459 quilômetros de Campo Grande, José Gomes Goulart (PMBD) diz que na cidade há três pontos ainda não recuperados e que não será possível fazer o conserto com recursos próprios, por isso é necessária a ajuda União. “Se começasse hoje, não teria transporte nesses lugares e atingiria uma grande quantidade de alunos”.
Em Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, a secretária municipal de educação Roseane Limoeiro da Silva garantiu que o transporte escolar está garantido para o primeiro dia do ano letivo. “Os locais que são castigados pelas cheias podem ter um calendário diferenciado, mas até o momento, as chuvas estão colaborando conosco e está garantido no primeiro dia. As estradas que ligam aos assentamentos também estão em bom estado, devido às obras feitas no ano passado”.
De acordo com a SED (Secretaria Estadual de Educação), o convênio entre os municípios e o governo do Estado para o transporte escolar deve ser firmado até o começo do ano letivo,que é a data limite. Conforme a SED, até o dia 22 de dezembro de 2015, todos os prefeitos já haviam ‘conversado’ com o governo Estadual e agora, falta apenas a questões de documentação.
O Jornal Midiamax procurou a Assomasul, mas não conseguiu contato até o fechamento deste texto.
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