Água invade casa e vizinhos precisam serrar grades para resgatar família
Moradores reclamaram de IPTU caro e condições precárias
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Moradores reclamaram de IPTU caro e condições precárias
A chuva torrencial desta terça-feira (5) alagou um imóvel na Rua 13 de Novembro, no bairro Porto Galo, região sul de Campo Grande, e os vizinhos precisaram serrar a grade de uma das janelas para retirar duas mulheres e uma criança, que não conseguiram sair devido à rapidez com que a água invadiu a casa. Após o resgate, o Corpo de Bombeiros foi acionado para auxiliar na limpeza e drenagem do imóvel, onde a água atingiu quase 50 centímetros, depois de uma chuva de 35 milímetros.
A proprietária, Maria Monteiro, de 45 anos, explicou que é a 4º vez que passa por essa situação, e por isso ela e a filha tentaram conter o alagamento, mas o nível da água subiu muito rápido, chegando a 50 cm, segundo os Bombeiros. “Começou a chover e nos tentamos conter a água com o rodo, mas minha filha acabou escorregando e batendo o queixo, por isso eu me apavorei e pedi socorro”, explicou.
Segundo a moradora, vários móveis e eletrodomésticos novos foram danificados, e todo o mantimento perdido. “Eu acabei de terminar de pagar o meu guarda-roupa e agora ele está todo destruído. A casa está cheio de lama e eu não sei o que fazer, mas não quero mais ficar aqui”, afirmou.
Para conseguir escoar a água que ainda estava dentro do imóvel, o Corpo de Bombeiros precisou abrir buracos na parede dos fundos. A Defesa Civil disse que ainda precisa esperar os militares concluírem o trabalho para fazer a vistoria e avaliar se está em condições de moradia, assim como os danos e prejuízos. “Caso a residência seja interditada, a família terá que sair e dependo do dano, como com colchoes e mantimentos, podemos pedir ajuda aos órgãos públicos”, explicou o responsável.
A vizinha Ana Glória, de 50 anos, que mora na região a sete anos, está indignada com a situação. A casa dela também foi alagada, mas em menor proporção. “A Prefeitura avaliou minha casa em R$ 180 mil, mas rua não tem asfalto e toda vez que chove forte é isso. Eu acho um absurdo, porque nosso IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) veio muito caro, e não temos a mínima infraestrutura”, argumentou.
Ainda segundo a Defesa Civil, só nesta manhã choveu o equivalente a 35 milímetros na região, que fica próxima ao medidor das Moreninhas. O segundo maior registro foi no Bairro Cobreúva, com 28,75 mm. Nas demais regiões da cidade, o a chuva foi simbólica, com menos de 1 mm no medidor da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), 1,25 mm no Bairro Rita Vieira, 1,5 no Prosa e 8,5 no Alphaville.
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