VÍDEO: Leitor flagra tapa-buracos feito sob chuva e questiona eficácia do serviço
‘Quem paga IPTU se indigna de ver uma coisa dessas’, diz autor das imagens
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‘Quem paga IPTU se indigna de ver uma coisa dessas’, diz autor das imagens
Depois dos ‘buracos fantasmas’, agora foi a vez de leitores do Jornal Midiamax flagrarem operação tapa-buracos feita debaixo de chuva em Campo Grande, colocando em dúvida a eficácia do serviço. E mais: no trecho de uma via onde nem passam veículos.
“É como você pintar sua casa em um dia de chuva. A água vai levar toda a tinta”, diz o autor do vídeo, que prefere não se identificar. As imagens, segundo ele, foram feitas no dia 8 de janeiro em uma rua no Carandá Bosque 3 – o trecho ‘recuperado’ fica poucos metros do local onde a pavimentação da via acaba, em uma área onde raramente um veículo irá trafegar.
Segundo o denunciante, na ocasião ele resolveu fazer imagens justamente por indignar-se de ver o procedimento feito debaixo de chuva. “Dá para ver que a água ‘mina’ instantes depois”, detalha o leitor, mostrando-se incomodado com a situação.
O autor das imagens disse que se viu na obrigação de divulgar o vídeo depois de o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), alegar suposta armação política em outra filmagem, divulgada quarta-feira passada (28), de operários tapando buracos inexistentes em uma rua no Jardim Veraneio, proximidades do Parque dos Poderes.
“Quem paga IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) se sente indignado ao ver uma coisa dessas”, comenta o leitor. Durante a gravação, é possível ouvir a pergunta: “fica bom assim?”. A resposta, possivelmente de um dos operários, é positiva: “fica bom aí, ó”. Nas imagens, não é possível identificar o nome da empresa que faz o serviço na chuva.
Discurso x prática
Pela manhã, em discurso na Câmara Municipal, Olarte disse que pretende recapear avenidas importantes de Campo Grande como forma de economizar com o tapa-buracos. “Isso, quando não chover”, complementou o próprio pepista, indicando a impossibilidade de fazer este tipo de intervenção debaixo de chuva.
Desde a divulgação do primeiro vídeo, o do ‘tapa-buracos fantasmas’, a Prefeitura ainda não trouxe a público detalhes sobre os custos do serviço, tampouco sobre as empresas contratadas para tal. Informou que a Selco Engenharia, responsável pelo primeiro caso, teve os contratos suspensos, e prometeu melhorar a fiscalização.
Nesta segunda, o MPE (Ministério Público Estadual) abriu inquérito para investigar o caso. Deu cinco dias para a Prefeitura explicar detalhes e responder sobre as ações de tapa-buracos.
Não pode
Questionado sobre o assunto, o vereador Edson Shimabukuro (PTB), que também é presidente do Sindicato dos Engenheiros, confirma que tapar buracos debaixo de chuva é um desperdício de material. “Não pode ser feito. Até porque a água é um dos maiores inimigos do asfalto. Fazer na chuva, você corre o risco de perder todo o trabalho e o material”, analisa o parlamentar.
Ainda segundo ele, os dois tipos mais usuais de material para este procedimento são os concretos betuminosos a frio e a quente. Em ambos, é necessário que a superfície esteja seca e que haja um tempo para secar a massa asfáltica usada para tapar o buraco.
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