Sem coleta de lixo, trabalhadores em usina de triagem apelam ao estoque de resíduo

Sem serviço, material armazenado não vai durar muito

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Sem serviço, material armazenado não vai durar muito

Os trabalhadores da UTR (Usina de Triagem e Reciclagem de Resíduos) de Campo Grande estão preocupados com a paralisação da coleta de lixo na cidade. Segundo eles, o estoque armazenado deve durar, no máximo, duas semanas, e se o serviço não voltar ao normal até esse período, os catadores terão que ir às ruas para buscar material reciclável.

A coleta de lixo foi paralisada pela Solurb, empresa que administra o serviço, na noite de terça-feira (8) na Capital e, desde então, já passam de 2 mil toneladas nas ruas da cidade. De acordo com o superintendente da Solurb, Elcio Terra, o material armazenado deve ainda durar um bom tempo.

“A usina de triagem, operada pelas cooperativas, tem bastante material, fruto da coleta seletiva, por isso, os trabalhadores ainda tem estoque para trabalhar. A coleta seletiva produz mais material do que as cooperativas conseguem processar diariamente. Então, há um superávit na produção”, explicou ele.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax conversou com duas trabalhadoras da UTR, e segundo elas, a situação, no momento, é tranquila por causa do estoque armazenado, no entanto, pode complicar nos próximos dias. Elas afirmaram que o material que tem na UTR é suficiente para até duas semanas.

O estoque da usina, que não estão sendo usado, é, na verdade, para garantir o décimo terceiro. São de resíduos específicos: material fino (latinhas e fio de cobre) e macio cristal (sacolas transparentes). “Se essa situação continuar assim seremos muito prejudicados”, afirma Elaine Cebalho, de 29 anos.

Caso a situação não seja normalizada, a solução emergencial, pensada por eles, seria ir às ruas coletar lixo. “Ficamos preocupado porque se precisarmos ir para as ruas, vai cair muito a nossa produção”, diz Rosana França, de 26 anos.

Inaugurada em 14 de agosto, a usina tem capacidade de processar, diariamente, 12 toneladas de resíduos sólidos. Os trabalhadores cooperativados que trabalham no local recebem em torno de R$ 1.100,00/mês. 

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