Exército ficará 30 dias em 4 cidades de MS com áreas de conflito por terras

‘Operação Dourados’ deve começar ao meio-dia

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‘Operação Dourados’ deve começar ao meio-dia

O Exército vai ficar 30 dias em quatro cidades de Mato Grosso do Sul com possibilidade de confronto entre indígenas e produtores rurais. A “Operação Dourados” será realizada depois de pedido do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ao governo federal de uma operação com objetivo de preservar a ordem pública e evitar conflitos. As tropas do Exército serão enviadas para as cidades de Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista e Ponta Porã e a operação está programada para começar às 12 horas (horário de MS).

A partir do documento enviado pelo governador à presidente Dilma Rousseff, a autorização do emprego das Forças Armadas foi concedida e encaminhada ao gabinete de Segurança Institucional, que repassou a missão para o Ministério da Defesa. A operação será executada pelo CMO (Comando Militar do Oeste), com o emprego de tropas que já se encontram naquela região do conflito.

De acordo com o Ministério da Defesa, na manhã desta terça-feira (1°), o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, braço militar do Ministério da Defesa, finalizou os documentos necessários para as ações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) em Mato Grosso do Sul.

No primeiro momento, a mobilização do aparato militar envolverá o Exército. Porém, se houver necessidade, poderá empregar tropas da Marinha e da Aeronáutica.

Conflito

O conflito entre índios e produtores rurais chegou ao ponto máximo com a morte do indígena Semião Fernandes Vilhalva, de 24 anos, durante confronto com fazendeiros, no sábado (29). De acordo com a PF (Polícia Federal) o exame necroscópico que vai apontar a causa exata da morte deve ficar pronto ainda nesta semana.

Ocupação

As ocupações na terra indígena começaram na madrugada do dia 22 de agosto, quando um grupo entrou na Fazenda Primavera. Desde então, o clima de insegurança se instalou na cidade, com indígenas acusando produtores rurais de espalharem boatos, para causar pânico e ruralistas afirmando que os índios não têm o direito de ocupar as propriedades rurais.

Os indígenas ergueram acampamentos em cinco propriedades: Primavera, Pedro, Fronteira, Barra e Soberania. Restam apenas duas fazendas para serem retomadas.

Na segunda-feira (31), o governo estadual assinou um pedido de Garantia de Lei e Ordem, à presidente da República, Dilma Rousseff (PT), para que mais equipes do Exército fossem enviadas ao local.

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