Atentados deixaram pelo menos 127 mortos e 180 feridos em Paris

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou na manhã deste sábado (14) a autoria dos atentados terroristas que deixaram pelo menos 127 mortos e 180 feridos, na noite desta sexta-feira (13), em Paris, na França. A ação chocou o mundo inteiro e preocupou familiares de sul-mato-grossenses que vivem naquele país e por toda a Europa.

Pelas redes sociais, alguns já avisaram familiares e comentaram o clima de medo e tensão após os ataques. Felipe Teixeira vive na cidade francesa de Saint-Étienne, a 409 quilômetros de Paris, mesmo assim, logo após os atentados tratou de avisar aos amigos e familiares que passava bem.

A reportagem não conseguiu contato com o estudante que pediu, na publicação, “que quem possa, manifeste suas condolências às vítimas também em nosso país.”

O jornalista Mario Pinheiro, de , vive há vários anos na França. Em um relato emocionado, ele descreve o sentimento do país neste sábado.

“O pânico era evidente, geral, correria, gritaria, pessoas que deitavam no chão para se proteger, outras eram atingidas na cabeça, no braço, nas pernas. O objetivo deles era matar o maior número de pessoas num curto espaço de tempo. Os carregadores foram trocados várias vezes. Daech, grupo terrorista instalado na Síria, denominado Estado Islâmico, reivindica o atentado e diz que o ato é uma reposta aos ataques da França contra a Síria. Após as primeiras deflagrações diante do estádio, o presidente François Hollande foi evacuado por questão de segurança e tomou as primeiras decisões de reforçar a vigilância em todo território. O estado de urgência foi decretado para proteger os cidadãos, as instituições publicas estão fechadas assim como os museus, 11 linhas de metrô e as saídas escolares anuladas. Todos estão em estado de choque diante da barbárie. O luto nacional foi decretado, as fronteiras fechadas e 10 mil os soldados nas ruas. A emoção ronda as ruas”.

Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e no Stade de France, onde jogavam as seleções da França e da Alemanha. As ações terroristas deixaram em alerta todos os países da região e, por lá, o clima é tenso.

Révilla Martins, de Sonora, vive em Glasgow, no Reino Unido. Com medo, ela diz que não sairá de casa neste sábado. “Na verdade estou meio sem acreditar no que aconteceu. Não quero entrar em pânico, mas minha cidade é a terceira maior do Reino Unido e isso nos coloca em alguma situação de perigo. Estou assustada”, disse.'Estou bem': pelo Facebook, jovens de MS na Europa tranquilizam familiares

De acordo com a sul-mato-grossense, as ruas estão vazias e o clima é de tensão constante. Do Brasil, várias mensagens preocupadas chegam a todo instante. “Nós estamos bem, apenas assustados”, tranquilizou os familiares. Révilla vive no reino Unido com o marido e o filho pequeno.

Depois dos ataques, a França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controle de fronteiras na sequência do atentado classificado por François Holla, presidente francês, como “ataques terroristas sem precedentes no país”.