Contra imprevistos, candidatos do Enem chegam com 2h de antecedência

Portões serão fechados às 12 horas

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Portões serão fechados às 12 horas

Para evitar imprevistos e não perderem a oportunidade de realizar a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), muitos candidatos preferiram chegar cedo aos locais de provas, alguns com mais de  duas horas de antecedência. Por volta das 10 horas, já havia candidatos na frente da universidade Uniderp, em Campo Grande. 

A servidora pública Maria Aparecida Ramos foi de ônibus até o local da prova, por isso, preferiu chegar cedo para não correr risco de perder a prova. “Foi o medo de fica de fora e ficar gritando no portão. É melhor chegar cedo”. Aos 60 anos, ela diz que pretende terminar a universidade que começou na década de 1980. “Comecei a faculdade, mas aí tem filho e vai deixando para mais tarde, esperando eles se formarem. Agora já está tudo criado, vou tentar de novo”.  Maria Aparecida vai esperar a nota e está entre os cursos de biologia e direito. “Depende da média”, diz.

Aos 17 anos, Isaque Montovani diz que já fez a prova do Enem em outros anos para treinar e que agora, pretende entrar no curso de direito. Ele se preparou bastante para a prova e inclusive, estudou na véspera. “Desde o começo do ano eu estou fazendo preparatório, vendo videoaulas no Youtube sobre vários temas”. Como não conhecia o local de prova, ele também preferiu chegar cedo. 

Fátima Teixeira Maceno, de 32 anos, e o sobrinho, Luan Bryan, de 18 anos, foram juntos fazer a prova. No ano passado, eles também fariam o Enem juntos, mas perderam a prova, por causa de um congestionamento na Avenida Eduardo Elias Zahran. Dessa vez, o namorado da tia foi quem levou e os dois decidiram não correr riscos. 

“No ano passado, não conseguia passar na Zahran e como estava só nós dois, não tinha nem como deixar o carro. Tinha que estacionar”. Fátima já cursa pedagogia, mas pretende usar a nota do Enem para conseguir um desconto.  Luan quer entrar no curso de estética. “Eu gosto e é uma área que está crescendo”. 

A dona de casa Eliane Martins viu no Enem a chance de ganhar um dinheiro extra. Ela diz que sempre viu os ambulantes vendendo na portas das escola e neste ano, decidiu fazer uma barraquinha. Vendendo canetas pretas, água, chocolate e balas, Eliane diz que o movimento começou cedo e que as vendas estão boas. “É uma oportunidade para ganhar mais”. 

Na porta da universidade, a caneta preta estava custando em média R$ 2. No atacado, a caixinha com 50 canetas, custa R$ 30, o que dá R$ 0,60 cada unidade. 

Os alunos do curso de medicina da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) também viram na prova uma maneira de angariar fundos para a formatura. Com a propaganda de quem compra deles vai ter sorte para entrar na UFMS, os alunos Fernanda Bretas e Lucas da Mota dizem que o grupos está vendendo água, balas e canetas. “O Enem sente que a caneta foi comprada de alguém da federal e ajuda a passar”, brinca a estudante. “É pagar R$ 2 no Halls e não precisar pagar R$ 2 mil na mensalidade. Teve uma menina que pagou R$ 10 para tirar uma foto com a gente para dar sorte”, diz Lucas. 

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