CCR entrega trecho da BR163 e problemas com retornos continuam

Motoristas atravessam rodovia a pé para abastecer

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Motoristas atravessam rodovia a pé para abastecer

As reclamações em torno da duplicação da BR-163 vem ocorrendo desde que a obra foi anunciada. Os comércios que ficam as margens da rodovia reclamam do isolamento que a duplicação vai causar, visto a distância entre os retornos. O Jornal Midiamax já fez várias matérias repercutindo este problema em Campo Grande, mas em sua maioria, nos trechos que apenas receberam instalação de guard rail.

Nesta semana fomos procurados pelo proprietário da Churrascaria Carretão, em Jaraguari, que fica no primeiro trecho duplicado da BR. Lucas Tonet pontua que em uma distância de 6,68 km, exatamente o pedaço duplicado, ainda não foi instalado nenhum retorno no sentido Cuiabá-Campo Grande, obrigando os moradores e clientes a dirigirem até o final da pista dupla, numa entrada de fazenda, que está servindo como retorno improvisado, ou ainda mais à frente, no próximo posto de combustível.

“Desta forma ficamos muito prejudicados, pois estamos com quatro dias de duplicação e o movimento já caiu 50%, porque nosso maior fluxo sempre foi de quem vem do norte”, destacou Tonet.

Outro exemplo citado pelo comerciante e descrito por ele como “um fato inusitado”, aconteceu nesta quinta-feira (13), quando um caminhão que fazia o sentido Cuiabá-Campo Grande, precisou parar no acostamento, do outro lado da pista, e atravessar a rodovia a pé, com galões de combustível nas mãos, para conseguir abastecer e não correr o risco de ficar sem diesel até o próximo posto.

Tonet também destaca que a duplicação da BR-163 “é um sonho desejado por todos”, mas que tem que ser construído pensando em todas as partes. “Não contestamos a duplicação e sim a forma como ela está sendo feita, sem pensar em que vive as margens do local”.

Questionada sobre a questão, a CCR MSVia informou que o projeto original de duplicação prevê a construção de um retorno em desnível (sob a rodovia) para o km 511, a três quilômetros do posto. Porém, conforme a concrecionária o retorno não será construído nesta fase do projeto.

A CCR sugere que os usuários que trafegam pela pista sentido Campo Grande “sigam até o final do trecho duplicado (km 511) e façam o retorno em nível, em local permitido pela sinalização e com boa visibilidade”. No sentido contrário Campo Grande-Cuiabá, o retorno já foi instalado.

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