Caos na saúde: pacientes procuram por atendimento e esperam mais de oito horas

Idosa morreu neste fim de semana por falta de atendimento

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Idosa morreu neste fim de semana por falta de atendimento

Desesperada a família de dona, Cícera Vasconcelos, de 77 anos, espera por uma vaga em um hospital. Há dois dias a idosa está no posto de saúde do Coophavila, região sul de Campo Grande.

“O médico disse que a situação da minha avó é grave, e não conseguimos vaga em nenhum hospital”, fala Thalita Raydeé, de 26 anos, neta de dona Cícera. De acordo com Thatita sua avó que tem enfisema pulmonar e pressão alta está agonizando na unidade de saúde. “Ontem (domingo) conseguimos uma vaga na Santa Casa, mas não tinha ambulância para fazer a transferência. A ambulância que estava parada aqui na unidade de saúde simplesmente não saiu para leva-la”, explica Thalita.

Segundo a neta de dona Cícera depois de duas horas sem saber o que fazer, a vaga no hospital acabou sendo preenchida por outra pessoa. “Está todo mundo abalado com está situação, do jeito que minha avó  vai morrer, e não temos condições de pagar por um hospital particular”, fala.

“É muito triste ver uma pessoa importante e que eu amo sofrendo nesta situação e não poder fazer nada”, diz Thalita.

 Problema semelhante enfrentaram pacientes que procuraram atendimento neste domingo (2), na UPA (Unidade der Pronto Atendimento) da Vila Almeida. Sem médicos suficientes para atendimento, o tio de Michael, de 29 anos, esperou por oito horas para conseguir que seu sobrinho fosse medicado. “Chegamos meio-dia no posto e só dois médicos para atender. Meu sobrinho estava com muita dor de cabeça e cuspindo sangue, e só saímos da unidade depois das oito da noite”, fala.

Vitória Beatriz, estudante, também esperava por atendimento para o pai de 53 anos. “Esperei por mais de 11 horas para ser atendida. Meu pai não estava nem conseguindo andar direito, com muita dor nas costas”, fala Beatriz.

No domingo (2), uma senhora de 76 anos morreu na CRS (Centro Regional de Saúde) depois de esperar por mais de duas horas por atendimento. A unidade de saúde estava sem médicos desde as 6 horas.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), através de e-mail, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.

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