Candidatos a PM protestam na Capital por convocação em concurso

Grupo está com cartazes na área central pedindo mais segurança

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Grupo está com cartazes na área central pedindo mais segurança

Candidatos que se autodenominam remanescentes de concurso público da Polícia Militar, feito em 2013, realizam um protesto na manhã deste sábado (19) na Avenida Afonso Pena esquina com a Rua 14 de Julho, no centro de Campo Grande. Eles reivindicam a convocação.

Segundo um dos remanescentes, Erick Garcia, o grupo recebeu a promessa de convocação por parte do governo. Mas, até agora isso não aconteceu, o que gera a reivindicação.

Para o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Edmar Soares, o efetivo da PM está com um deficit de 4,8 mil policiais e, atualmente, o Estado tem um efetivo de 6 mil, dos quais 4,3 mil estão nas ruas. O governo convocou no último concurso 800 aprovados, mas mesmo assim o deficit é muito grande.

Ainda segundo Soares, ainda não foram convocados 2,4 mil. “Se convocasse pelo menos mil já ajudaria na segurança, porque ano a ano os policiais vão se aposentando e não tem acréscimo no efetivo e só há substituição”, afirma.

Já para o presidente da ABSSMS (Associação dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais oriundos do quadro de Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do MS), Thiago Mônaco, a entidade apóia a reivindicação dos remanescentes e disse que o quadro de servidores é muito baixa, bem como, a escala de trabalho é apertada. “Se fosse feita a convocação desses aprovados traria uma melhora no quadro e a população teria mais segurança”, declara.

Mônaco disse que o Governo alega que existe uma cláusula de barreira no concurso, que não pode convocar três vezes mais do que o número de vagas e não pode exceder esse número, mas que ele contesta porque essa cláusula não está nesse concurso específico.

Ainda de acordo com Erick Garcia, os aprovados que foram convocados tiveram que fazer exame de saúde e físico, que isso não é justificativa para o Governo. “Nós contestamos essa cláusula de barreira e se o Governo não acatar a reivindicação iremos acionar a Justiça”, conclui.

O concurso vence em julho de 2016.

Cláusula de barreira

A cláusula de barreira determina que sejam convocados para o exame psicotécnico os candidatos aprovados na prova escrita, na proporção de três candidatos por vaga oferecida, obedecendo à ordem de classificação.

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