Após merenda estragar-se em escolas, alunos ficam sem almoço e pais se revoltam

Escola afirma não ter recebido alimentos para o almoço das crianças

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Escola afirma não ter recebido alimentos para o almoço das crianças

Depois de quase uma tonelada de comida se estragar nas escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino), os alunos a partir desta quinta-feira (10) não terão almoço, na escola Professora Ana Lúcia de Oliveira Batista, no Jardim Paulo Coelho Machado. Os pais foram avisados de que terão de buscar as crianças para almoçar em casa, às 11 horas e levá-las novamente às 13 horas para as aulas vespertinas.

A merendeira, de 43 anos, Aparecida Bigas, afirma não saber como vai fazer para buscar o filho às 11 horas, já que trabalha. “Eu trabalho e como vou fazer para buscar meu filho às 11 horas e trazer às 13 horas novamente? É um absurdo”, fala e ainda completa. “Faltou planejamento”.

Outra mãe revoltada com a situação é a Vera Lúcia, de 48 anos. “Vou ter de faltar serviço para vir buscar meu filho às 11 horas porque não tem outro jeito, e meu patrão já não gostou”, explica. “Não tem comida para oferecer, isto virou uma bagunça”, exaltada fala Maria Aparecida, de 38 anos.

A dona de casa, Gabriela Marine, de 28 anos, diz que muitos pais vão ter dificuldade de buscar os filhos. “Eu ainda não trabalho, mas e quem trabalha? É uma falta de respeito deixar comida estragar por que nós pagamos nossos impostos e deixar nosso filhos sem comida?”, diz.

Em contato com a direção da escola, a diretora Rosangela Charlote informou à equipe do Jornal Midiamax que a decisão de pedir para que os pais busquem os filhos é porque a escola não tem recebido os gêneros alimentícios. “Estive na Secretaria de Educação por duas vezes ontem (quarta-feira) e foi solicitado que um e-mail fosse enviado com as necessidades da escola, mas que não teria uma data para a normalização”, explica a diretora.

Ainda segundo a direção o café da manhã e lanche estão sendo servidos normalmente apenas o almoço é que a escola está com dificuldade. “São aproximadamente 520 crianças e por dia são 25 quilos de arroz, 12 quilos de feijão e mais 32 quilos de carne, então não temos como alimentar a todos”, fala.

 

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