Acidente que matou oito pessoas deixa população de Nova Andradina em luto

Sete vítimas moravam em Nova Andradina e outra em Batayporã

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Sete vítimas moravam em Nova Andradina e outra em Batayporã

A notícia sobre o acidente na noite dessa quarta-feira (2), na BR-267, próximo da entrada da Usina Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul (a 120 quilômetros da Capital), abalou os moradores de Nova Andradina, distante 297 quilômetros de Campo Grande. Das oito vítimas mortas na tragédia, sete moravam no município.

Carlos Antônio Cecílio de Lima, Eliane Oliveira Peixoto, Izilda Cristina Regasso Crivelli, Evandro Borges Ferreira, Laislaine Pires de Morais de Silva, Ricardo Alves dos Santos e Roseneide Possani de Medeiros, residiam na região.

Além das vítimas que moravam no município, Luiza Alves da Rocha, que também estava na van, com placa NRZ-2153, que pertence ao Expresso Nova Andradina, residia em Batayporã, distante 306 quilômetros da Capital.

Para os moradores de Nova Andradina, onde morava a maioria das vítimas mortas no acidente, o clima é de luto, como relata o balconista Claudeir Terêncio, de 21 anos. “A cidade inteira está baqueada. Todos eram conhecidos. É muito complicado. Está tudo muito tenso por causa da forma como morreram. Muitos foram carbonizados e isso é muito triste mesmo”, declara.

A auxiliar de serviços básicos, Ângela Maria, de 50 anos, que trabalha em uma das escolas do município, diz que o momento é de solidariedade. “Cada um ainda conta uma história, mas estamos muito tristes. Todo mundo está abalado porque a cidade é pequena e todos são conhecidos. Não é fácil, estamos todos solidários”, destaca.

Um morador, de 18 anos, que preferiu não se identificar, também lamenta as mortes. “A maioria das vítimas é conhecida por aqui. A cidade toda está bastante abalada. A gente fica meio pensativo porque é difícil receber uma notícia como essa”, frisa.

A auxiliar de serviços básicos, Virma Pereira dos Santos, de 50 anos, afirma que apesar da tristeza sentida por conta das vítimas, nesta manhã teve motivos a mais para agradecer. “Foi um choque para nós. Moro aqui há muito tempo, conheço quase todo mundo e é muito difícil receber uma notícias como esta. Mas, apesar de tudo estou feliz porque minha filha era para estar entre as vítimas. Ela também iria na van, mas desistiu. Lembro que insisti para que ela fosse, se tivesse ido, não sei como eu estaria agora”, declara.

Os corpos foram encaminhados para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Dourados e serão levados aos municípios onde as vítimas moravam. Até as 12h30 de hoje, ainda não havia confirmação sobre os velórios.

O Restaurante Forno D’Ouro que pertence à família de Roseneide Possani de Medeiros e a mecânica Turbos Vales, que pertence à família de Izilda Cristina Regasso Crivelli, foram fechados nesta manhã. O Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) de Nova Andradina, que prestou homenagem à professora Eliane Oliveira Peixoto, informou que não haverá atendimento nesta quinta-feira por motivo de luto.

Sobreviventes –

Ao todo, nove pessoas estavam na van do Expresso Nova Andradina, dentre elas, apenas Jaqueline Pereira sobreviveu. Ela foi socorrida e encaminhada para o Hospital Municipal de Nova Alvorada do Sul Francisco Ortega, onde permanece internada.

O motorista da carreta, José Hilton de Almeida Silva, de 52 anos, também sofreu ferimentos. Ele foi transferido para a Santa Casa de Misericórdia na Capital, às 23h50 de ontem. Silva está internado na ala vermelha do pronto-socorro.

Segundo a assessoria de comunicação do hospital, a vítima sofreu fratura na perna e braço esquerdo. Ele passou por exame de tomografia, consulta com neurologista e será examinada por um ortopedista. Seu estado de saúde também é considerado estável.

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