Após mortes no RJ, parques de diversões irregulares deixam bairros de Campo Grande
Segundo a Prefeitura, apenas um Parque, que está sendo montado nos altos da Avenida Afonso Pena (foto) tem autorização para uso do local. Irregulares não passam por vistoria dos Bombeiros.
Segundo a Prefeitura, apenas um Parque, que está sendo montado nos altos da Avenida Afonso Pena (foto) tem autorização para uso do local. Irregulares não passam por vistoria dos Bombeiros.
Após o acidente em um parque de diversões do Rio de Janeiro que matou dois adolescentes, diversos parques montados nos bairros de Campo Grande estão mudando de local. Segundo a Prefeitura, oficialmente apenas uma empresa tem autorização para a atividade na capital sul-mato-grossense.
Mesmo assim, moradores denunciam que pelo menos três outros locais em bairros campo-grandenses têm áreas onde, regularmente, os chamados ‘parquinhos’ são instalados. A reportagem circulou em algumas dessas áreas nesta quarta-feira (17). Em todas, vizinhos contaram que os parques foram desmontados e se mudaram de segunda-feira para cá.
O parque que, segundo a Prefeitura, procurou autorização para uso de área, está ainda em fase de montagem nos altos da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.
No local, trabalham cerca de vinte homens montando barracas e brinquedos. No “barco pirata”, vários fios remendados e visivelmente desencapados. No “kamikaze” é possível ver sinais de ferrugem nas bases. Ninguém se apresentou como responsável para falar sobre as obras de montagem.
Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, para se instalar em uma cidade um parque precisa dar entrada em um pedido de liberação de área, expedido pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), que faz vistorias no terreno e o libera para a montagem do parque.
São os bombeiros do setor de serviço técnico que emitem o certificado de funcionamento do local quando termina a montagem. No caso do parque nos altos da Avenida Afonso Pena, como ele ainda não está montado, o certificado não foi emitido.
Para ser liberado, o local precisa requerer junto aos bombeiros uma vistoria e, após o pagamento de uma taxa, o serviço é feito. Os militares fazem vistoria visual nos parques, além da checagem da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), quando um engenheiro mecânico garante que o parque pode funcionar e uma ART da parte elétrica, feita por um engenheiro elétrico.
Também são averiguadas as soluções que o parque tem para um possível incêndio no local. Se a documentação estiver em dia, o parque é liberado para o funcionamento.
“Fujões”
Os tradicionais parques de estrutura precária que ficam instalados em terrenos vazios da cidade, sem alvará da Prefeitura, estão “fugindo”. Moradores do Paulo Coelho Machado dizem que um parque funcionava na Avenida dos Cafezais até o último domingo (14).
No bairro União, um parque que ficava próximo à escola foi desmontado nesta terça-feira (16).
Onde denunciar
Segundo a Prefeitura de Campo Grande, quem suspeitar da qualidade dos brinquedos ou da regularidade de um desses parques itinerantes deve acionar a Semadur, pelo telefone 3314-3513, ou com o próprio Corpo de Bombeiros, pelo telefone 193.