Com a operação Venire, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, lembrou do posicionamento contra a vacinação de (PL). A operação foi deflagrada pela PF (Polícia Federal) nesta quarta-feira (3) e investiga fraude na vacinação do ex-presidente.

“Diante do exposto e do notório posicionamento público de JAIR MESSIAS contra a vacinação, objeto da CPI da Pandemia e de investigações nesta SUPREMA CORTE, é plausível, lógica e robusta a linha investigativa sobre a possibilidade de o ex-Presidente da República, de maneira velada e mediante inserção de dados falsos nos sistemas do SUS, buscar para si e para terceiros eventuais vantagens advindas da efetiva imunização, especialmente considerado o fato de não ter conseguido a reeleição nas Eleições Gerais de 2022”, disse o ministro.

A afirmação consta em decisão, assinada por Moraes, que autorizou buscas contra o ex-presidente. Além disso, determinou a do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da presidência, Mauro Cid.

Conforme o ministro, “a liberdade dos representados gera risco contínuo e evidente para toda a sociedade, em razão de possível emissão de certificados falsos para si ou para terceiro de interesse do grupo quando assim o desejarem”.

Operação Venire

A casa de Bolsonaro é alvo de buscas nesta manhã. Ao todo, a PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão preventiva. Além disso, o apreenderam o celular de Bolsonaro.

De acordo com a Polícia Federal, não há mandado de prisão contra o ex-presidente. Assim, a corporação apura a atuação de uma associação criminosa que tinha como prática inserir dados falsos de vacina contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19”, diz a PF em nota.

As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal. Por fim, a PF afirma que quatro crimes são investigados: infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.