Área de garimpo é maior do que a de mineração industrial, diz instituto

O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, destacou nesta terça-feira, 7, que as áreas de garimpo superaram as áreas de mineração no Brasil. As áreas de garimpo atingiram 196 milhares de hectares, à frente dos 170 milhares de hectares da mineração industrial em 2021 – dados mais recentes, coletados junto ao MapBiomas […]

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As áreas de garimpo atingiram 196 milhares de hectares (Agência Brasil)

O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, destacou nesta terça-feira, 7, que as áreas de garimpo superaram as áreas de mineração no Brasil. As áreas de garimpo atingiram 196 milhares de hectares, à frente dos 170 milhares de hectares da mineração industrial em 2021 – dados mais recentes, coletados junto ao MapBiomas – e apresentados em relatório do Ibram.

Conforme o gráfico, já em 2019 as áreas se igualaram. E, ainda de acordo com o mesmo gráfico, o garimpo também ocupou área superior à da mineração entre o final dos anos 80 e o início dos anos 2000.

Com relação à exploração ilegal de ouro, em especial em terras indígenas, Jungmann disse que vai propor à presidência da Caixa Econômica Federal maior controle sobre o metal que é levado para penhor, além da possibilidade de reciclagem de itens que ficam com o banco.

Lembrou ainda as gestões que tem feito junto a autoridades, como o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para que apertem o cerco no controle da origem do ouro comercializado no Brasil e exportado. Jungmann defende a nota fiscal eletrônica para inibir operações irregulares na raiz. E controle sobre DTVMs (corretoras) suspeitas de “lavar” o metal.

“Este é um setor que aposta na sustentabilidade. Não é do lucro à sustentabilidade, mas a sustentabilidade como fator de lucro”, disse Jungmann, frisando a preocupação com a transição para uma economia de baixo carbono. “Estamos pedindo e desenvolvendo uma política para minerais estratégicos, necessários à transição energética”, disse.

O cobre – usado em painéis de energia solar, por exemplo – é o metal com maior expectativa de aumento nos investimentos (255%), a US$ 4,47 bilhões. O aumento se deve, em boa parte, a três novos projetos no Pará, disse Júlio Nery, diretor de sustentabilidade do Ibram. O Estado deverá receber investimentos de US$ 13,97 bilhões em 2023.

Outro metal de relevo é o níquel, que também terá investimentos mais fortes nos próximos anos, com avanço de 60%, a US$ 2,3 bilhões, conforme o levantamento do Ibram. O níquel é usado em baterias elétricas.

Jungmann também frisou que os investimentos socioambientais do setor cresceram com força. Para o período de 2022 a 2026, eram estimados em US$ 4,23 bilhões. Já para 2023-2027, a cifra saltou 55%, a US$ 6,56 bilhões. Ele disse ainda que a entidade está fazendo a avaliação de sua pegada de carbono.

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