Manex Silva completa em 90º a prova de 15 km do esqui cross-country em Pequim-2022
Essa foi a terceira prova de Manex em Pequim-2022
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Foi na raça, em uma prova que não está acostumado e no estilo de esquiar que não é o preferido dele. Apesar de todas as dificuldades, Manex Silva conseguiu completar a prova dos 15 km Clássico do esqui cross-country nos Jogos Olímpicos de Pequim-2022. Com o tempo de 50min35s1, pouco mais de 12 minutos atrás do primeiro colocado, o finlandês Iivo Niskanen, ele ficou em 90.º lugar entre 99 atletas inscritos.
“Nessa temporada inteira não tenho ido bem nas provas de Distance (grandes distâncias), tanto em termos de resultado, quanto na sensação de não estar sendo muito competitivo. Estou rendendo mais no Sprint. Estava animado para essa prova, para dar o meu melhor, mas mesmo fazendo tudo o que eu podia, olhando para o resultado, não foi da maneira que eu esperava”, disse Manex.
O atleta voltou a ressaltar os desafios do circuito do Centro Nacional de Esqui Cross-country, que fica a mais de 1.700 metros de altitude, com ventos constantes e baixas temperaturas. Para Manex, de 19 anos, a estratégia não foi suficiente.
“Eu segurei um pouco no começo para não cometer o mesmo erro do esquiatlo, de morrer logo na segunda volta. Mas mesmo me poupando um pouco no começo, não consegui abrir muito no final. Acredito que é porque essa pista é muito difícil. Sempre que tem Copa do Mundo e Mundial, as pistas são duras, mas aqui é outro nível. Tem muitas subidas e, simplesmente, não dá tempo de recuperar nas descidas”, comentou.
Essa foi a terceira prova de Manex em Pequim-2022. O atleta nascido em Rio Branco, no Acre, e que mora na Espanha atualmente, disputou o esquiatlo 15 km+15 km, em que foi eliminado depois de ser alcançado pelos líderes, e no Sprint, em que foi o melhor sul-americano da prova, quebrando o recorde brasileiro de pontos na modalidade em Jogos Olímpicos. Agora, ele terá o desafio dos 50 km Largada em Massa, no próximo dia 19.
“Meu objetivo é largar e aguentar o quanto puder. Assim como no esquiatlo, quando a gente é alcançado pelos líderes nos 50 km, tem que sair da pista e eu espero não tomar volta tão rápido. É bonito estar aqui, uma boa experiência, conhecer pessoas novas, me motivar estando perto de tantos bons atletas. Mas também é verdade que ainda não estou no nível melhores. Quero nos próximos Jogos Olímpicos estar mais próximo deles, disputando um pouco mais”, completou.
A próxima prova do esqui cross-country será inédita para o Brasil. Jaqueline Mourão e Eduarda Ribera disputam a prova de Sprint Por Equipes, na próxima quarta-feira.
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