O Governo do Distrito Federal vai impedir o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios e manterá bloqueado o acesso de pedestres à Praça dos Três Poderes, onde fica a sede do STF (Supremo Tribunal Federal). A Corte é o principal alvo dos manifestantes que devem realizar atos nesta terça-feira (15) para contestar o resultado das eleições deste ano e cobrar por intervenção militar como forma de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Assim, a Secretaria de Segurança Pública do DF adotará o protocolo padrão de proteção da área que abriga os principais prédios públicos de Brasília.

O fechamento do trânsito evita que centenas de caminhões que estão estacionados ao lado do Quartel General do Exército consigam se deslocar para as imediações do STF, na Esplanada, e repitam o ocorrido durante as manifestações de 7 de setembro do ano passado, quando dezenas de veículos travaram o acesso à Praça dos Três Poderes.

Apesar das medidas de reforço da segurança policial e bloqueio do trânsito de veículos na área, a expectativa da pasta é de que as manifestações sequer ocorram na Esplanada. Isso porque, de acordo com a pasta, há informações conflitantes nas redes sociais sobre o local em que os atos devem acontecer.

Segurança do DF não espera atos na Esplanada

Em conversa com a Agência Estado, o secretário de Segurança do DF, Júlio Danilo, disse esperar que os atos se concentrem no Setor Militar Urbano e não na Esplanada. Essa área da cidade abriga o Quartel General do Exército e, desde o início do mês, conta com acampamentos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) contrariados com os resultados das eleições.

“O protocolo prevê o disposto do policiamento para que a gente preserve a segurança das pessoas e a ordem pública, inclusive para resguardar o patrimônio público. Não é característica das últimas manifestações, tanto de direita quanto de esquerda, o uso de violência, seja com tentativas de invasão ou de depredação. A gente tem observado alguns discursos isolados relacionados a isso, mas não estamos vendo o pessoal com esse ânimo (de conflito). Se alguém tentar fazer, será impedido”, disse o secretário.