Líder do MDB declara apoio à reeleição de Alcolumbre no Senado

Fora do comando do Congresso pela primeira vez em 18 anos, o MDB costura uma aliança com o DEM para voltar ao poder a partir de 2021. No Senado, o líder do partido, Eduardo Braga (AM), afirmou que a sigla apoiará a reeleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP) se o Supremo Tribunal Federal (STF) liberar a […]

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Fora do comando do Congresso pela primeira vez em 18 anos, o MDB costura uma aliança com o DEM para voltar ao poder a partir de 2021. No Senado, o líder do partido, Eduardo Braga (AM), afirmou que a sigla apoiará a reeleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP) se o Supremo Tribunal Federal (STF) liberar a possibilidade de recondução. Caso contrário, ele deixou claro que o MDB terá candidato. O apoio consolida o acordo que já existe na Câmara, onde os dois partidos caminham juntos para emplacar um nome à sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Maior bancada do Senado, hoje com 13 senadores, o MDB foi rival de Alcolumbre na eleição para o presidência da Casa em 2019, quando tentou colocar Renan Calheiros (AL) de volta na cadeira. Após a derrota, porém, os emedebistas se aproximaram do amapaense.

“Se houver reeleição, o MDB vai com o Davi. Se não houver, o MDB vai se habilitar”, afirmou Eduardo Braga ao Estadão/Broadcast, pontuando que a articulação política dependerá da decisão do STF. “Se houver a possibilidade de reeleição, o Davi está reeleito”, avaliou. Dentro do MDB, além do próprio Braga, os nomes do líder do governo, Eduardo Gomes (TO), e da senadora Simone Tebet (MS) são tidos como postulantes

O STF vai julgar uma ação do PTB sobre a possibilidade de reeleição dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Atualmente, a recondução é permitida pela Constituição apenas em legislaturas diferentes, o que não será o caso em 2021 O processo não tem data para ser analisado.

Alcolumbre tem atuado nos bastidores para conseguir apoio à sua reeleição. O senador amapaense é visto como um “bombeiro” na relação entre o Congresso e o Executivo ao se aproximar do governo Jair Bolsonaro e, ao mesmo tempo, agradar aliados e oposicionistas.

Na Câmara, DEM e MDB deixaram recentemente o bloco formado pelo Centrão em um movimento para marcar uma aliança na sucessão de Maia, que nega qualquer tentativa de reeleição. O nome do presidente da legenda, Baleia Rossi (MDB-SP), é citado por deputados como o mais cotado. Ao Estadão/Broadcast, porém, Rossi afirmou que não é candidato à presidência da Câmara e que é inviável antecipar essa discussão no momento.

Segundo ele, é preciso aguardar a decisão do Supremo. “Sei que o presidente Davi Alcolumbre tem a pretensão de se reeleger, mas também existe o pleito legítimo do MDB, por ser a maior bancada, de fazer a sucessão no caso de Alcolumbre não puder. Ainda tem algumas providências tão ou mais importantes para serem tomadas do que fazer futurologia.”

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