Após ser acusado de estupro, senador quer fazer exame de corpo de delito

Após ser acusado de estuprar uma modelo de 22 anos, o senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO) pediu para ser submetido a um exame de corpo de delito e a um teste toxicológico. Em nota, a defesa do parlamentar afirma que também solicitou acesso às imagens da casa noturna em que ele teria se encontrado com […]

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Após ser acusado de estuprar uma modelo de 22 anos, o senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO) pediu para ser submetido a um exame de corpo de delito e a um teste toxicológico. Em nota, a defesa do parlamentar afirma que também solicitou acesso às imagens da casa noturna em que ele teria se encontrado com a vítima e do trajeto feito até o seu flat, no Itaim Bibi, em São Paulo.

A acusação de estupro consta em um boletim de ocorrência registrado na madrugada desta segunda, 23, no 14º Distrito Policial de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. O documento aponta que a vítima é uma modelo que disse ter conhecido Irajá Filho durante um almoço no Jockey Club no último domingo, 22. Na sequência, os dois seguiram para a casa noturna Café de La Musique, onde ela teria sido dopada, perdido a consciência e acordado já no flat do senador, sendo abusada pelo parlamentar.

No boletim consta que a modelo acordou com o parlamentar em cima dela, a penetrando sem preservativo, e dizendo frases como: “você é minha” e “estou apaixonado”. Ela relatou à polícia que ficou com medo de ser agredida e, por isso, não resistiu ao abuso, mas pedia “insistentemente” para ir ao banheiro e tomar água, sem sucesso. Quando conseguiu sair da cama, ela se trancou no banheiro e pediu socorro a amigos pelo celular. A modelo só deixou o local após uma amiga chegar no flat.

Em nota divulgada no final da tarde desta segunda, o criminalista Daniel Leon Bialski, que defende Irajá, afirmou que o senador “repudia a acusação” e teria ido à delegacia “voluntariamente” para prestar esclarecimentos. “A defesa já solicitou imagens da casa noturna, do trajeto percorrido e do flat, onde se hospeda o senador, em São Paulo. Tais filmagens, provas e testemunhas demonstrarão a verdade. Confiamos, como sempre, plenamente na Justiça”, afirmou o advogado.

Funcionários do hotel foram conduzidos à delegacia para depor como testemunhas. O quarto do senador foi preservado para perícia e a modelo passa por exames de corpo e delito e toxicológicos.

Irajá Silvestre Filho, filho da senadora Kátia Abreu (PP-TO), afirmou mais cedo que a acusação da modelo é um “enredo calunioso e difamatório” que busca “manchar o seu nome”. O parlamentar afirmou que aguardará “a conclusão das investigações antes de fazer qualquer nova manifestação”.

COM A PALAVRA, COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA DANIEL BIALSKI, DEFENSOR DO SENADOR IRAJÁ SILVESTRE FILHO

O senador Irajá Silvestre Filho, de Tocantins, jamais praticou tal ato e repudia a acusação. Ele compareceu nesta segunda-feira, de forma espontânea, à delegacia responsável pela apuração dos fatos, prestou todos os esclarecimentos e pediu que fosse submetido a exame de corpo de delito e toxicológico.

A defesa já solicitou imagens da casa noturna, do trajeto percorrido e do flat, onde se hospeda o senador, em São Paulo. Tais filmagens, provas e testemunhas demonstrarão a verdade. Confiamos, como sempre, plenamente na Justiça.

O senador Irajá aguardará com serenidade a conclusão das investigações e a comprovação da sua plena inocência.

Daniel Leon Bialski

Advogado criminalista, sócio de Bialski Advogados

COM A PALAVRA, O SENADOR IRAJÁ SILVESTRE FILHO

“Foi com surpresa, decepção, tristeza e indignação que tomei conhecimento do episódio infame, maldoso e traiçoeiro envolvendo a minha vida e minha dignidade.

Eu sempre pautei minha vida profissional, pública e pessoal pela ética, respeito e retidão, sendo inimaginável ser acusado de algo dessa natureza.

O fato é que, como principal interessado na revelação ampla e total de toda essa farsa, solicitei que meu advogado, Daniel Bialski, reforçasse às autoridades responsáveis pela investigação do caso que requisitassem a realização de exame de corpo delito na acusadora para comprovar a verdade.

Ressalto que compareci espontaneamente à delegacia responsável pela apuração dos fatos e pedi para ser submetido, voluntariamente, a exame de corpo de delito e toxicológico, tudo para desmistificar o quanto aleivosamente alegado.

As filmagens, demais provas e testemunhas hão de repor a verdade no seu devido lugar e vir a declarar minha total e plena inocência.

Confio na polícia e na Justiça e sei que ficará provado que jamais houve nada que possa tangenciar qualquer comportamento inapropriado de minha parte.

Lamento muito ter sido envolvido nesse enredo calunioso e difamatório que busca manchar o meu nome em função da visibilidade momentânea da função que ocupo.

Reitero que aguardarei a conclusão das investigações antes de fazer qualquer nova manifestação. Não pretendo ser atirado para essa arena sórdida. A verdade aparecerá e eu a aguardarei com serenidade.

Declaro e reitero que não cometi ilícito algum e estou à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.”

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