Padrasto acusado de matar Joaquim chega na penitenciária após extradição da Espanha
Padrasto é acusado de ter matado o enteado de 3 anos, em 2013
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Padrasto é acusado de ter matado o enteado de 3 anos, em 2013
Extraditado após ser preso na Espanha, Guilherme Longo, acusado pela morte do enteado Joaquim, de 3 anos, chegou por volta de 8h30 na penitenciária 2 de Tremembé (SP), onde deve permanecer preso enquanto aguarda o julgamento, que não tem prazo para acontecer.
Guilherme Longo chegou às 6h10 deste sábado (20) ao aeroporto de Guarulhos (SP) em um voo que partiu da Espanha. De lá, seguiu em uma viatura da Polícia Federal para o presídio no interior de São Paulo. Longo estava algemado e com uma blusa com capuz.
Guilherme foi preso pela última vez em abril do ano passado em Barcelona. Antes de fugir do Brasil, ele respondia em liberdade por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, mas deixou o país ilegalmente pelo Uruguai, usando um passaporte falso.
Na Espanha, ele tentava emprego quando foi preso por falsidade ideológica. A prisão foi acompanhada pela reportagem do Fantástico.
Como o crime de falsidade ideológica não é considerado grave no país, ele poderia ser solto ainda neste mês. Por isso, o governo brasileiro agilizou o processo de extradição dele – ele voltou ao Brasil em um voo comercial sob vigilância de escolta.
Essa não é a primeira vez que Longo fica preso em Tremembé. Entre janeiro de 2014 e fevereiro de 2016 ele esteve na unidade conhecida por abrigar detentos de casos de grande repercussão. Entre os internos da penitenciária 2 estão Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella e o ex-seminarista Gil Rugai, condenado pela morte do pai e da madrasta.Longo conseguiu deixar a unidade em 2016 beneficiado por um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça. No mesmo ano ele deu início à fuga.
Por nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que Guilherme Longo “está seguindo os procedimentos padrões da SAP e deverá ficar isolado em regime de observação pelos próximos dez dias”. Somente após esse período deve ter contato com os demais detentos.
Caso
Longo foi preso em 2013 quando o corpo da criança foi achado no Rio Pardo em Barretos (SP). Ele é acusado de ter matado Joaquim com uma alta dose de insulina, utilizada pelo menino no tratamento de diabetes. Ele nega o crime.
O menino foi encontrado cinco dias depois de desaparecer de casa em Ribeirão Preto (SP).
A mãe da criança, Natália Ponte, também responde pelo crime de homicídio e aguarda a data do julgamento em liberdade. Ela é acusada também de ser omissa em relação à segurança do filho.
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