Força Nacional encontra terceiro túnel em prisão rebelada no RN

Em menos de dois dias, este é a terceira escavação achada em Alcaçuz

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Em menos de dois dias, este é a terceira escavação achada em Alcaçuz

Foi encontrado nesta segunda-feira (23) pela Força Nacional um terceiro túnel em menos de dois dias na Penitenciária Estadual de Alcaçuz. Segundo os militares, a escavação fica na área externa próxima ao pavilhão 5.

Segundo notíciado pelo G1, um dos túneis encontrados neste domingo (22) teria aparecido após parte da areia desabar em decorrência das chuvas que caíram ao longo de todo o dia. O outro estava camuflado com mato, e a polícia não sabe se ele teria sido usado para fugas durante as rebeliões.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do RN, o túnel que estava camuflado já foi fechado e o mesmo deverá ser feito com o que desabou por causa das chuvas.

Conflito

Há mais de dez dias, presos das duas facções disputam o poder na unidade da Grande Natal. Ocupando a área de pavilhões 4 e 5, estão membros do PCC, e do outro, detentos do Sindicato de RN, nos pavilhões 1, 2, e 3.

No início da rebelião, no dia 14, pelo menos 26 anos detentos foram mortos. Na quinta (19), após novo conflito em Alcaçuz, muitos presos ficaram feridos. A PM confirmou que há novos mortos dentro da unidade, mas não informou o número de vítimas.

No último sábado (21), enquanto um muro de contêineres era posicionado dividindo as facções, equipes do Instituto Técnico de Perícia (Itep) encontraram e recolheram duas cabeças, um antebraço, um braço e uma perna.

Os contêineres, cada um com 12 metros, darão lugar depois a um muro de concreto de 90 metros de extensão. O governo diz que que a construção desse muro permanente levará 15 dias.

Em Alcaçuz, detentos circulam livremente dentro dos pavilhões desde março de 2015, quando uma série de rebeliões destruiu as grades das celas. Na manhã desta segunda-feira, os detentos continuam no telhado.

Presos soltos e armados

Neste sábado, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel André Azevedo, disse que o muro que separa os presos está sendo feito para “preservar vidas”. Apesar disso, os detentos permanecem soltos e armados.

O comandante afirmou que caçambas recolheram grande quantidade de entulhos e muitas barras de ferro que eram usadas como armas pelos presos. Mas não deu prazo para que o Estado faça uma intervenção em busca de armas de fogo e armas brancas.

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