‘Japonês da Federal’ é preso por colegas suspeito de facilitar contrabando

Mídia tentou transformá-lo em ícone durante apreensões

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Mídia tentou transformá-lo em ícone durante apreensões

 

'Japonês da Federal' é preso por colegas suspeito de facilitar contrabandoO agente federal Newton Ishii, que ficou conhecido como “Japonês da Federal” depois de diversas fotos conduzindo presos da Operação Lava Jato, foi preso na última terça-feira (7) em Curitiba, de acordo com o portal de notícias G1. Ishii está na Superintendência da PF (Polícia Federal), detido por suspeitas de envolvimento em esquema de facilitação de entrada de contrabando no Brasil.

O servidor se tornou famoso nas operações da Polícia Federal contra corrupção, quando parte da imprensa tentou transformá-lo em símbolo do combate ao crime mais comum no meio político. Tornou-se uma espécie de ícone nas redes sociais, e agora ele mesmo é alvo de memes, como a montagem que o mostra conduzindo a si mesmo (veja foto abaixo).

Prisão de 'Japonês da Federal' virou meme (Reprodução / Internet)Segundo seu advogado, Oswaldo de Mello Junior, ele já havia sido condenado a quatro anos e dois meses em 2003, devido à ‘Operação Sucuri’, que investigava o esquema envolvendo agentes e o contrabando que facilitava a entrada de mercadorias pela fronteira com o Paraguai, na cidade paranaense de Foz do Iguaçu. O processo está sob segredo de Justiça. Desta vez, Ishii deve cumprir regime semiaberto, de acordo com o advogado.

As gravações que levaram Delcídio do Amaral (sem partido-MS) à prisão, supostamente trazem menções a Ishii. Em determinado momento, o então senador cita um “japonês bonzinho”, que é tratado como responsável por encarcerados da PF em Curitiba.

“Herói”

Após o início da Lava Jato, os vídeos e fotos que mostravam Ishii acompanhando os detidos na operação fizeram sucesso na internet, gerando diversos memes. Ele chegou a se tornar tema de marchinha de carnaval e a estampar camisetas e máscaras, além de bonecos, em manifestações a favor do impeachment de Dilma Rousseff.

(Com supervisão de Guilherme Cavalcante)

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